Exercícios sobre Cinidários

Livro, página 155

 

Questão 1

 cnidarios 15

Questão do caderno

  • Liste as características dos Cnidários

São animais marinhos, carnívoros, sem sistema circulatório, com células urticantes (o cnidócito), sem sistema respiratório, tendo respiração aeróbia pelo processo de difusão, apresentam simetria radial, não possuem sistema excretor e possuem sistema nervoso difuso.

Questão 3. O que significa dizer que os cnidários apresentam sistema nervoso difuso?

O sistema nervoso difuso é aquele que apresenta uma rede de células nervosas espalhadas pelo corpo do animal. Esse tipo de sistema nervoso é encontrado em organismos muito simples. Em organismos em que as células nervosas se reúnem e se agrupam em regiões específicas, já se formam os gânglios cerebrais e, em organismos mais complexos ainda, formam-se o cérebro e a medula. O sistema nervoso difuso é encontrado em celenterados (pólipos e medusas).

Cnidários

Cnidários

O filo Cnidária (cnidários) está representado pelas hidras, medusas ou água-vivas, corais e anêmonas-do-mar.

Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem uma cavidade digestiva no corpo, fato que gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi mantida nos demais animais. A presença de uma cavidade digestiva permitiu aos animais ingerirem porções maiores de alimento, pois nela o alimento pode ser digerido e reduzido a pedaços menores, antes de ser absorvido pelas células.

Com base no aspecto externo do corpo, os cnidários apresentam simetria radial. Eles são os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem tecidos verdadeiros, embora ainda não cheguem a formar órgãos.

No filo cnidária existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduos: as medusas, que são natantes e os pólipos, que são sésseis. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias sésseis) e das caravelas (colônias flutuantes).

cnidarios 1

Os polipos e as medusas, formas aparentemente muito diferentes entre si, possuem muitas características em comum e que definem o filo, como veremos.

Nos cnidários existe um tipo especial de célula denominada cnidócito, que apesar de ocorrer ao longo de toda a superfície do animal, aparece em maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado o cnidócito lança o nematocisto, estrutura penetrante que possui um longo filamento através do qual o líquido urticante contido em seu interior é eliminado. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no homem.

Essas células participam da defesa dos cnidários contra predadores e também da captura de presas. Valendo-se das substâncias produzidas pelos cnidócitos, eles conseguem paralisar imediatamente os pequenos animais capturados por seus tentáculos.

Foi a presença do cnidócito que deu o nome ao filo Cnidaria (que têm cnida = urtiga)

cnidarios 2

Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se abre na cavidade gastrovascular, mas não possuem ânus. O alimento ingerido pela boca, cai na cavidade gastrovascular, onde é parcialmente digerido e distribuido (daí o nome gastro, de alimentação, e vascular, de circulação).

Após a fase extracelular da digestão, o alimento é absorvido pelas células que revestem a cavidade gastrovascular, completando a digestão.

A digestão é portanto, em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos não-aproveitáveis são liberados pela boca. Na região oral, estão os tentáculos, que participam na captura de alimentos.

As camadas de célula que ocorrem nos cnidários são: a epiderme, que reveste o corpo externamente, e a gastroderme, que reveste a cavidade gastrovascular. Entre a epiderme e a gastroderme existe uma camada gelatinosa denominada mesogléia. Essa camada é mais abundante nas medusas do que nos pólipos e, por isso, as medusas têm aspecto gelatinoso, fato que lhes rendeu a denominação popular de “águas-vivas”.

cnidarios 3

A epiderme e a gastroderme são duas camadas celulares derivadas de tecidos embrionários denominados genericamente folhetos germinativos. A epiderme deriva do folheto germinativo chamado ectoderme (ecto = externo, derme = tecido de revestimento), que reveste externamente o corpo do embrião; a gastroderme deriva do folheto denominado endoderme (endo=interno), que reveste o tubo digestivo do embrião. Os cnidários são considerados animais diblásticos.

Os poriferos, apesar de não formarem tecido verdadeiros, são considerados animais diblásticos, pois durante o desenvolvimento embrionário surgem apenas duas camadas de células – uma externa e outra interna -, que corresponde às duas camadas de células que formam o corpo do adulto: a externa formada pelos pinacócitos e a interna formada pelos coanócitos ou coanócitos e pinacócitos internos.

Os demais animais são triblásticos ou triploblasticos, pois possuem três folhetos germinativos: a ectoderme, a endoderme e a mesoderme (meso=no meio), que se desenvolve entre a ecto e a endoderme.

cnidarios 4

Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem células nervosas (neurônios). Nesses animais, os neurônios dispõem-se de modo difuso pelo corpo, o que é uma condição primitiva entre os animais.

Os cnidários apresentam movimentos de contração e de extensão do corpo, além de poderem apresentar deslocamentos. São, portanto, os primeiros animais a realizarem essas funções.

Os poríferos são animais que vivem fixos ao substrato, não apresentando deslocamentos.

Nos pólipos, a capacidade de locomoção é reduzida, podendo ser do tipo “mede-palmos” ou “cambalhota”. Nas medusas, a locomoção é mais ativa, sendo realizada por um mecanismo denominado jato propulsão: os bordos do corpo se contraem, e a água acumulada na fase oral da medusa é expulsa em jato, provocando o deslocamento do animal no sentido oposto.

cnidarios 5

A capacidade de alterar a forma do corpo, determinando movimentos e deslocamentos, deve-se à presença de células especiais com funções de contração e distensão, mas que não são células musculares verdadeiras, na medida em que estas surgem a partir da mesoderme, que só ocorre em animais triblásticos.

A respiração e a excreção ocorrem por difusão através de toda a superfície do corpo. Não existem estruturas especiais relacionadas a esses processos, como também é o caso das esponjas.

A reprodução assexuada

 

A reprodução assexuada em hidras pardas ou verdes é, em geral, feita por brotamento. Brotos laterais, em várias fases de crescimento, são comumente vistos ligados à hidra-mãe e dela logo se destacam.

Esse processo de multiplicação, em que não ocorre variabilidade genética, é propício nos ambientes estáveis e em épocas favoráveis do ano, em que as hidras estão bem alimentadas.

cnidarios 6

A reprodução sexuada

A hidra é hermafrodita. Alguns testículos e apenas um ovário são formados, principalmente em épocas desfavoráveis do ano, a partir de células indiferenciadas existentes no corpo.

cnidarios 7

O único óvulo produzido é retirado do ovário. Os espermatozóides são liberados na água e vão a procura do óvulo. A fecundação ocorre no corpo da hidra. O zigoto formado é circundado por uma espessa camada quitinosa (de consistência semelhante ao esqueleto de quitina dos insetos) e, após certo tempo de desenvolvimento, o embrião, envolto pela casca protetora, destaca-se do corpo da hidra e permanece dentro da casca durante toda a época desfavorável.

Com a chegada da estação favorável, rompe-se a casca e emerge uma pequena hidra que cresce até atingir a fase adulta. Não há larva. O desenvolvimento é direto.

cnidarios 8

Classificação dos cnidários

As principais classes dos cnidários são:

  • Hydrozoa – hidras e caravelas;
  • Scyphozoa – águas -vivas
  • Anthozoa – anêmonas e corais; e
  • Cubozoa – cubozoárioa, como a vespa do pacífico.

 

Classe Hydrozoa

A classe dos hidrozoários possui inúmeros representantes, além da hidra. Todos os demais componentes dessa classe são marinhos. Dentre eles, podemos citar como exemplo a Obelia e a caravela (Physalia), este um indivíduo colonial muito comum nos mares tropicais e temperados.

Na Obelia, a reprodução ocorre durante um ciclo em que se alternam pólipos (fase assexuada e duradoura) e medusas (fase sexuada e pouco duradoura). Dois tipos de pólipos existem em um polipeiro (colônia): o nutridor e o reprodutor. Os reprodutores geram medusas por brotamento. Essas, de pequeno tamanho, produzem gametas que se encontram na água (fecundação externa). Forma-se o zigoto, ocorre o desenvolvimento embrionário e surge uma larva ciliada, a plânula, que constitui uma importante forma de dispersão da espécie. Fixando-se a um substrato apropriado, a larva transforma-se em um novo pólipo, que acaba gerando novo polipeiro.

cnidarios 9

Classe Scyphozoa

Na classe dos cifozoários, as formas predominantes e sexuadas são bonitas medusas de cores variadas, as verdadeiras “águas-vivas”, freqüentemente vistas em nosso litoral. Os pólipos são pequenos e correspondem a fase assexuada, pouco duradoura.

As medusas têm formato de guarda-chuva e são diferentes das do grupo dos hidrozoários. Podem alcançar de 2 a 40 cm de diâmetro. A gigante do grupo é uma medusa do Atlântico Norte, que chega a 2 metros de diâmetro.

cnidarios 10

No caso da espécie Aurelia aurita, a fecundação é interna. A plânula nada durante um certo tempo e origina um pólipo fixo, o cifístoma. Esse pequeno pólipo é a geração assexuada e se reproduz por um processo conhecido por estrobilação. Nesse processo, fragmentações sucessivas do corpo do pólipo formam uma pilha de discos que permanecem amontoados uns sobre os outros. Cada disco, uma éfira (medusa jovem), destaca-se e, após certo tempo de crescimento, origina uma medusa adulta, fechando-se o ciclo.

cnidarios 11

 

Classe Anthozoa

Anêmonas e corais são os representantes mais conhecidos dessa classe. As anêmonas são facilmente vistas no nosso litoral, principalmente na maré baixa, sobre rochas emersas ou enterradas na areia por ente as rochas.

A forma de muitos corais é variada. Alguns possuem formato de pequenas árvores, outros lembram grandes penas coloridas e outros, ainda, possuem formato escultural, como é o caso do famoso coral “cérebro”, cujo aspecto lembra os sulcos e circunvoluções existentes no cérebro humano.

Os antozoários freqüentemente se reproduzem por brotamento ou fragmentação. A reprodução sexuada envolve a formação e a fusão dos gametas e habitualmente existe uma larva plânula antecedendo a fase adulta.

Como na classe dos antozoários só há a forma pólipo, não existe metagênese. Após a reprodução sexuada dos pólipos, as larvas plânulas se diferenciam diretamente em novos pólipos. A organização dos pólipos dessa classe é mais complexa que nas outras classes.

cnidarios 12

Corais Cérebro

cnidarios 13

Os corais

 

Ao contrário das anêmonas, geralmente solitárias, os corais são coloniais na imensa maioria das espécies. São pólipos muito pequenos, bem menores que as anêmonas.

Como se reproduzem assexuadamente por brotamento e os brotos não se separam, eles vão constituindo grandes agrupamentos coloniais. E, como cada pólipo constrói ao redor de si um esqueleto geralmente constituído de calcário (carbonato de cálcio), todos os esqueletos acabam se juntando, o que origina uma grande formação calcária comum à colônia.

cnidarios 14

Exercícios sobre Poríferos

Questão 1. Pesquise e responda qual é a função dos arqueócitos nos poríferos

Células que não têm estrutura ou função específica características do filo porífera, que podem originar os diversos tipos celulares das esponjas. Os arqueócitos têm papel fundamental na distribuição de nutrientes e secundário na digestão dos alimentos. Originam brotos e gêmulas, ambos estruturas reprodutivas, bem como óvulos e espermatozoides.

Questão 2. Explique a digestão nos poríferos

A digestão das esponjas é intracelular, pois não possuem sistema digestório. Elas se alimentam de partículas em suspensão na água, que entram pelos poros junto com a água e caem no átrio – cavidade interna da esponja – e saem pelo ósculo, que é a abertura superior da esponja. As partículas podem permanecer retidas nos coanócitos, que fagocitam e digerem parcialmente as partículas que são enviadas para os amebócitos, os quais compõem o mesoílo. Os amebócitos, por sua vez, terminam a digestão e distribuem por todo o corpo.

Questão 3. Identifique cada uma das estruturas enumeradas na imagem abaixo e dê sua função

esponja 7

1- Ósculo: abertura na parte superior da esponja que possibilita o contato com o ambiente externo, a saída do material não digerido e o fluxo da água.
2 – Coanócitos: mantêm o fluxo de água no interior do corpo da esponja e permitem a digestão da mesma.
3 – Mesoílo: ajuda a manter a coesão entre as camadas de pinacócitos e coanócitos e, também, contém outros componentes da esponja.
4 – Átrio: auxilia na passagem da água pelo interior da esponja e permite a entrada e a saída dos nutrientes vindos junto a ela.
5 – Porócitos: viabiliza a entrada da água e dos nutrientes no corpo do porífero.
6 – Amebócitos: auxiliam no crescimento corporal, na digestão, no transporte de nutrientes, na secreção de elementos esqueléticos e na reprodução.
7 – Pinacócitos: revestem externamente o corpo das esponjas.
8 – Espículas: auxilia na sustentação do corpo da esponja.
Questão 4. Indique a direção do fluxo de água nas esponjas
esponjas 3
Exercícios do Livro, página 155

4) Brotamento: consiste na formação de expansões na parede da esponja, que se projetam para o exterior, crescem e se destacam do corpo da esponja-mãe, originando uma nova esponja. Gemulação: consiste na formação de agregados celulares contendo grande quantidade de reservas nutritivas envoltos em camadas de espongina, os quais se separam da esponja original e, posteriormente, transformam-se em esponjas adultas.

7)a)  A presença de cílios nas larvas está associada à movimentação das mesmas por natação.

b) Esponjas vivem no mar apoiadas sobre o substrato e a dispersão de novos indivíduos ocorre durante a reprodução, com a fase larval. Após um curto período de vida livre, a larva se fixa e se desenvolve na esponja.

10) As gêmulas são muito resistentes às variações de temperatura e à dessecação, podendo resistir às condições desfavoráveis por muito tempo, ou ser transportadas pela correnteza por grandes distâncias.

12) A afirmação pode ser considerada parcialmente correta: se a água circundante é constantemente renovada, espera-se que possua maiores quantidades de partículas nutritivas. Por outro lado, as esponjas fazem a água circular ativamente pelo sistema aquífero por causa da ação dos coanócitos, processo que independe das condições ambientais.

14) a) Não, pois as cianobactérias dependem da luz para realizar a fotossíntese, e ela está presente somente em águas relativamente rasas.

b) Exemplares de esponjas em associação com cianobactérias mantidos na presença de luz devem cresce mais rapidamente do que os mantidos no escuro.

Poríferos

  • Características Gerais 

 

Os poríferos, por viverem fixos ao substrato, foram por muito tempo considerados plantas. Os Poríferos tem simetria radial em são mais antigos que os outros grupos de animais, estes que possuem simetria bilateral. Algumas evidências indicam que surgiram, provavelmente, de ancestrais Protoctistas. O Filo dos Poríferos é constituído pelos animais que são chamados de esponjas, a maioria vive no fundo dos mares apoiado no substrato dos mesmos, sendo rochoso ou arenoso. Algumas espécies habitam águas doces. 

esponja 1

 

  • Estrutura Corporal 

Uma característica que difere o filo poríferos dos demais filos é que esses não possuem tecido não desenvolvem folhetos embrionários. As esponjas possuem uma cavidade interna chamada átrio que se comunica com o ambiente externo pelo ósculo que se localiza na parte superior do corpo da esponja. Os animais também possuem, espalhados por todo seu corpo, poros, os quais justamente então o nome ao filo marcando uma característica especial. Ainda que as esponjas apresentem grande variedade de formas podemos resumir o filo em três tipos básicos: as asconoides (esponjas semelhantes um vaso), sinicoide (esponjas nas quais a parede corporal dobra sobre si mesma), leuconoide (esponjas com um padrão de dobras mais complexo, com inúmeras câmaras interligadas por canais) 

Mesmo não tendo tecidos verdadeiros as esponjas apresenta muitos tipos de células: 

  • Os Porócitos:  que tem a função de formar um canal para o interior do corpo da esponja mantendo a movimentação da água no corpo da esponja o que é fundamental. 
  • Os Amebócitos:  Células totipotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em todos os outros tipos celulares presentes nas esponjas. São importantes no crescimento corporal, na digestão, no transporte de nutrientes, na secreção de elementos esqueléticos e na reprodução. 
  • Os Pinacócitos: Células achatadas que compõem uma camada que reveste externamente o corpo das esponjas. Essas células também revestem os canais presentes nas esponjas siconoides e leuconoides. 
  • Os Coanócitos: Células dotadas de flagelos. É a ação dos flagelos que mantém o fluxo de água no interior do corpo da esponja. 

esponja 2

Outra importante parte referente ao corpo das esponjas é o mesoílo que se encontra entre o pinacócito e coanócito. É uma camada de espessura variável, composta de substancia amorfa (sem forma definida), na qual estão imersas fibras de colágeno (uma proteína), vários tipos celulares e, eventualmente, espículas. 

 

  • Sustentação Corporal

 As esponjas tem espículas minerais filamentos de proteínas fibrosas que auxiliam na sustentação do corpo. O colágeno forma uma rede no mesoílo denominada espongina O conjunto de espículas forma um esqueleto mineral, importante elemento de sustentação corporal das esponjas. Espículas de sílica ou de calcio estão presentes em quase todas as esponjas e são produzidas pelos esclerócitos, um tipo de amebócito. As espículas podem se apresentar isoladas umas das outras ou, em algumas espécies, formar esqueletos maciços. 

 

  • Circulação de água  

 esponjas 3

 

 

 

  • Nutrição, excreção e trocas gasosas 

 A agua que circula no interior do corpo das esponjas traz partículas nutritivas detritos orgânicos, algas microscópicas, protozoários, bactérias das quais se alimentam por filtração De modo geral, partículas maiores do que 50 micrômetros não conseguem passar pelos poros, por isso não penetram no corpo das esponjas que a água circula, os coanócitos fagocitam as partículas nutritivas. A digestão nas esponjas portanto, é intracelular. A eliminação de resíduos alimentares não digeridos por exocitose e por simples difusão através dos coanócitos. 

 

 

  • Reprodução Assexuada

 esponja 4

Por Brotamento

esponjas 5

Por Gêmulas

 

  • Reprodução Sexuada

esponjas 6

Questões – Reino Metazoa

1 – Cite características gerais dos animais.

São organismos pluricelulares e eucarióticos, formados por tecidos diferenciados e órgãos com funções específicas. São heterótrofos, pois são incapazes de sintetizar a própria comida. Grande parte das espécies é dotada de um tubo digestório e, geralmente, possui órgãos sensoriais e sistema nervoso. Também possuem esqueleto, o que ajuda na sua sustentação, e apresentam blástula. Comunicação e cooperação celulares e colágeno, também se encontram.

 

2 – Explique os tipos de simetria presentes nos metazoários.

Existem dois tipos:
Simetria Radial: qualquer plano vertical que passe pelo eixo central divide o animal em “fatias” espelhadas.
Simetria Bilateral: os lados esquerdo e direito são semelhantes como se um fosse a imagem do outro em um espelho.

 

3 – Como está dividido o Reino Metazoa e por quê está dividido assim?

Esse reino está dividido em filos, os quais são: Cordados, Equinodermos, Artrópodes, Nematoides, Anelídeos, Moluscos, Platelmintos, Cnidários e Poríferos. Está dividido assim, porque o ancestral comum aos filos foi evoluindo e evidenciando características morfológicas e moleculares diferentes, dando lugar a vários animais distintos entre si. Também temos 2 sub-reinos, o Parazoa e o Eumetazoa.

 

4 – O que são folhetos embrionários e o que são celomas?

Celoma: cavidade totalmente delimitada pela mesoderme.
Folhetos Embrionários: são as camadas de células oriundas da clivagem do ovo ou zigoto, a primeira camada a aparecer é a Ectoderme na fase de blástula e as demais são a Endoderme e a Mesoderme.

Reino Metazoa

Questões de Biologia

 

1) Cite as características gerais dos animais:

Os animais são organismos multicelulares, eucariontes e que apresentam nutrição heterotrófica, ou seja, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Apesar de serem bastante distintos anatômica, morfológica e fisiologicamente, todos os animais possuem as três características citadas. Uma das características mais marcantes do reino é a capacidade de locomoção, apesar de existirem também representantes sésseis (não se locomovem). Além disso, os animais possuem células que formam tecidos, com exceção dos poríferos, que não possuem tecidos verdadeiros. Outras características dos metazoários constituem-se na ausência de parede celular, a presença de colágeno, a blástula como apomorfia e a cooperação e comunicação celular através de diversos modos. A multicelularidade também é uma característica geral dos animais.

 

2) Explique os tipos de simetria presente nos metazoários.

A maioria dos animais tem simetria bilateral: duas metades do corpo simétricas. Os animais bilaterais possuem lado esquerdo e direito, faces ventral e dorsal e extremidades anterior e posterior. A extremidade anterior é aquela em que fica localizada a cabeça, que contém o centro de comando nervoso. A extremidade posterior é aquela em que, na maioria das vezes, situam-se o ânus e os orifícios reprodutores.

Nesse tipo de simetria existe um plano sagital que divide o animal em duas metades equivalentes. De modo geral, a simetria bilateral é relacionada ao modo de vida de “ir em busca” do alimento de uma forma mais dirigida. Também pode acontecer a simetria radial, vários planos longitudinais a partir do centro do corpo, exemplo: equinodermos. Animais de organização mais simples, como diversas esponjas, possuem formas irregulares, sendo, por isso, chamados assimétricos.

Metazoário 1

 

3) Como está dividido o reino metazoa e por quê?

Acredita-se que os animais foram originados de um ancestral comum, este que foi responsável pelo surgimento do reino metazoa. Por causa de sucessivas apomorfias, as quais apareceram com o tempo e evolução dos organismos, o reino passou a se dividir em filos, tendo diversas características diferentes que causam a divergência entre os grupos. Os principais filos pertencentes ao reino são: Cordados (vertebrados), Equinodermos, Artrópodes, Nematoides, Anelídeos, Moluscos, Platelmintos, Cnidários e Esponjas ( o restante dos filos configuram animais invertebrados).

Metazoario 2

 

 

 

4) O que são folhetos embrionário e o que é celoma?

Folhetos embrionários são camadas originadas da invaginação da ectoderme. Os organismos que apresentam dois folhetos embrionários são chamados de diblásticos, tendo ectoderme e endoderme. Com exceção dos Cnidários e Poríferos os outros filos possuem ainda outro folheto embrionário, a mesoderme, constituindo assim seres triblásticos. O celoma é uma cavidade totalmente delimitada pela mesoderme. Tem variadas funções, como: abrigar órgãos internos, disponibilizar espaço usado no crescimento de estruturas internas do organismo e facilitar transporte de nutrientes, excretas e gás oxigênio entre células distantes.

metazoario 3

 

 

 

 

Teorias sobre a origem dos metazoários

 

Introdução

Existem muitas teorias e conjecturas que se ocupam de traçar o surgimento do reino animal ou metazoa. Muitas apregoam o desenvolvimento e surgimento a partir de um ancestral comum que originou todos os filos, do reino citado, que conhecemos hoje. Como característica geral desses seres vivos temos a formação de todos a partir de um gameta masculino e outro feminino, os quais, unidos, formam o zigoto. O zigoto, por sua vez, através de divisões mitóticas, gera a mórula (aglomerado de células), que é seguida pela blástula (possui uma cavidade interna chamada blastocele). A blástula é a apomorfia de todos os metazoários e, esta, ao prosseguir seu desenvolvimento, se transforma na gástrula, com o aparecimento do blastóporo e arquênteron. Daí em diante aparecem as divergências implicadas pelo filo analisado. O blastóporo é de gande relevância por formar, nos animais mais ancestrais, a boca e nos animais mais derivados, o ânus.

 

 

Teoria Sincicial

Sugere que o metazoário ancestral foi um protista ciliado, multinucleado, com simetria bilateral (com um único eixo de simetria), que teria modo de vida bentônico (rastejando no fundo com sua abertura oral dirigida para frente raspando o substrato). Passa por inúmeras divisões nucleares. Assim, esta teoria sugere que os primeiros ancestrais dos Metazoa eram acelomados, animais que não apresentam celoma (cavidade embrionária preenchida por fluído celômico e revestida por mesoderme) e bilaterais.

 

 

 

Teoria Colonial:

Criada por Ernst Haeckel sustenta que os flagelados são os ancestrais dos metazoários. Sustenta que o metazoário ancestral provavelmente surgiu de um flagelado colonial, oco e esférico. As células eram monoflageladas na superfície; a colônia possuía um eixo anterior/posterior distinto, nadando com o pólo anterior para frente. Embora se utilize frequentemente o Volvox (gênero de algas verdes, coloniais) como modelo para design do ancestral colonial flagelado, esses organismos autotróficos com células semelhantes à planta não são provavelmente ancestrais dos metazoários. As evidências estruturais apontam para os coanoflagelados (protistas aquáticos), monoflagelados e semelhante a animais, como melhores candidatos. Essa é a teoria mais aceita ou citada como possível origem dos metazoários, pois apresenta células espermáticas flageladas e pelas outras demais formações comuns comparando esse protista e a embriologia dos metazoários, ou seja, em relação a formação das fases da mesma.

metazoario 4

 

Teoria Simbiótica

A partir de um procarioto fermentador primitivo e suas diversas invaginações na membrana e associações com outros organismos, surgiu um núcleo e organelas decorrentes de estruturas englobadas. Com a formação das células eucariotas, então, estas, passaram a se organizar em colônias e com diversificações nos tecidos surgiu o primeiro metazoário.

 

Teoria Blastea/Glastea

metazoario 5

metazoario 6

 

 

 

 

 

Teoria da Plânula

Metazoa 1.0

 

 

Referências Bibliográficas

    https://pt.slideshare.net/mobile/marcuscabral/origem-e-evoluo-dos-metazorios

http://blogcienciasbio.blogspot.com.br/2011/11/origem-dos-metazoarios.html?m=1

http://brasilescola.uol.com.br/biologia/reino-animalia.htm

https://www.todamateria.com.br/reino-animal/

http://segundocientista.blogspot.com.br/

http://oblogdebiologia.blogspot.com.br/2014/05/hipotese-da-origem-dos-metazoarios.html?m=1

 

Exercícios sobre Protozoários

  1. Complete a tabela:
Doença Agente causador Modo de transmissão Sintomas Profilaxia
Amebíase Entamoeba histolytica Ingestão dos cistos desse protozoário, através da água e alimentos, mas também pelo contato com mãos e outras partes do corpo contaminadas Desconforto abdominal, diarreia ou cólicas intestinais e, em casos mais graves, diarreia aguda, febre alta, calafrios e eliminação de fezes com sangue. Pode ser assintomático Saneamento Básico e hábitos de higiene
Doença de Chagas Trypanosoma cruzi Picada de Barbeiro, pode ser transmitido ao feto pela mãe contaminada, por transfusão de sangue contaminado e pela ingestão de alimentos contaminados Fase inicial: assintomática ou com sintomas leves, como febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios. Fase crônica: problemas cardíacos, principalmente arritmia ou alterações na parede do esôfago ou dos intestinos Eliminação do barbeiro, tendo um programa habitacional adequado e também impedir o desmatamento
Malária Protozoários do gênero Plasmodium Pela picada do mosquito do gênero Anopheles Ataques periódicos de febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios intensos, ondas de calor e sudorese, falta de apetite, pele amarelada e extremo cansaço Eliminação do mosquito, uso de repelente em regiões endêmicas, como também evitar banhos em igarapés e aproximar-se de águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer
Toxoplasmose Toxoplasma gondii Fezes de gato e outros felinos, alimentos contaminados, por produtos com sangue (agulhas sujas ou sangue não testado).

De mãe para bebê durante a gravidez, parto ou amamentação

 

Dor muscular, febre e dor de cabeça, que podem durar semanas e aumento dos gânglios. Pode ser assintomática Lavar bem os vegetais que são consumidos crus e evitar comer carne crua, cozinhar os alimentos mata o protozoário. Evitar contato com gatos desconhecidos e caixas de areia que podem conter as fezes do mesmo

 

 

 

2) Faça um esquema do Ciclo da Doença de Chagas e identifique os pontos onde podemos tomar medidas profiláticas:

 

Protozoário 1.jpg

Antes do momento 1, indicado no esquema, é possível tomar medidas para a eliminação do vetor, ou seja, o barbeiro. Outro momento em que ainda é possível tomar medidas profiláticas é quando a infecção está na fase inicial, esta que pode ser assintomática ou com a presença de sintomas leves. Nesse momento ainda é possível eliminar o parasita, o que não ocorre na fase crônica, por exemplo, após anos terem se passado. É possível também impedir que o barbeiro seja contaminado através do sangue de uma pessoa que possui o protozoário se este não existir, assim impedimos que o ciclo continue.

Reino Protoctista

Os primeiros representantes do domínio dos Eucariotos ou organismos eucarióticos, seres cujas células têm núcleo individualizado e organelas membranosas a surgir foram os protoctistas.

Esse grupo reúne organismos mais conhecidos como protozoários e algas. A maioria é unicelular, mas há também organismos coloniais e multicelulares, como as algas verdes, as vermelhas e as pardas (ou marrons).

O grupo é muito diverso, seja nas formas de nutrição há representantes autótrofos, heterótrofos e alguns que obtêm alimento das duas maneiras seja nas de reprodução que pode ser assexuada, sexuada ou alternar gerações.

Alguns protoctistas são móveis, outros são sésseis, e eles podem estar presentes tanto no ambiente aquático de água doce ou salgada quanto em ambientes terrestres, desde que com um mínimo de umidade, como troncos de árvores ou debaixo de pedras, entre grãos de sedimentos, etc. Também são encontrados no interior de outros seres vivos, sobretudo plantas e animais, vivendo como mutualistas ou como parasitas.

Ao longo deste capítulo, serão apresentadas as características e a importância de alguns dos principais grupos de protozoários e algas que constituem o reino Protoctista.

Protozoários

 

Os protozoários (do grego protos, “primeiro”, e zoon, “animal”) são unicelulares, de célula eucariótica e estrutura bastante variável. A maioria é heterótrofa e muitos são capazes de locomoção. Estão presentes em diversos ambientes e muitas espécies têm vida livre, embora também existam espécies parasitas, que podem causar doenças em plantas e em animais, incluindo os seres humanos.

Morfologia e locomoção

As células dos protozoários não têm parede celular e apresentam formatos variados. Podem ser esféricas, ovaladas, alongadas, ou mudar constantemente de forma, como no caso das amebas. Externamente à membrana da célula, porém, pode haver capas proteicas ou carapaças constituídas de minerais.

Em condições ambientais desfavoráveis algumas espécies patogênicas produzem cistos, forma de resistência em que o protozoário pode permanecer latente por longos períodos. Quando as condições voltam a ser favoráveis o protozoário retoma a forma ativa, que se alimenta, denominada trofozoíto.

Muitos protozoários locomovem-se utilizando uma ou mais estruturas especializadas. Os pseudópodes (do grego pseudos, “falso” e podos, “pés”) são expansões temporárias do citoplasma que ajudam na locomoção e também são utilizados na captura de alimento.

Os flagelos, como o da Leishmania, filamentosos e longos, provocam movimentos ondulatórios que permitem o deslocamento da célula.

Os cílios têm a mesma estrutura dos flagelos, mas são menores e estão presentes em grande número, revestindo a superfície da célula. Eles se movimentam em conjunto, criando um turbilhonamento que favorece a captura de alimento ou a locomoção da célula.

Obtenção de matéria e energia

A maioria dos protozoários é heterótrofa, isto é, eles retiram matéria orgânica do meio. Em geral, fazem isso por fagocitose, englobando partículas sólidas com os pseudópodes, por pinocitose que é a captura de macromoléculas dissolvidas no meio ou por simples difusão, ou seja, absorvendo substâncias dissolvidas no meio. As poucas espécies autótrofas realizam fotossíntese.

Há ainda protozoários mixotróficos, isto é, capazes de se alimentar utilizando mais de uma das formas de nutrição citadas acima.

Os protozoários podem ser aeróbios, vivendo na presença de oxigênio e realizando trocas gasosas por difusão, ou anaeróbios vivendo em ambientes com pouco ou nenhum gás oxigênio.

As excretas, isto é, substâncias resultantes do metabolismo, são eliminadas por difusão através da superfície celular. Protozoários de água doce têm vacúolos contráteis, que se contraem periodicamente e eliminam o excesso de água absorvido devido a diferenças de pressão osmótica entre os meios intracelular e extracelular.

 

Reprodução

 

Antes de iniciar seu ciclo reprodutivo, os protozoários passam por um período de crescimento, que pode variar de algumas horas até meses, dependendo da espécie.

Em geral, a reprodução desses microrganismos é assexuada e ocorre por cissiparidade ou por brotamento, resultando duas ou mais novas células. Porém, sob certas condições ambientais, algumas espécies apresentam reprodução sexuada. Há ainda aqueles microrganismos que apresentam processos de multiplicação complexos, nos quais ambos os tipos de reprodução se alternam ao longo do seu ciclo de vida. A tabela abaixo resume diferentes modos de reprodução.

 

 

 

 

 

 

 

Assexuada

Cissiparidade (divisão binária) Divisão mitótica de uma célula-mãe (caso não ocorram mutações). As células-filhas crescem e o processo pode ser reiniciado, após replicação do DNA.
 

Brotamento ou gemulação

A divisão da célula-mãe gera duas células-filhas de tamanhos diferentes. Em alguns casos pode haver a formação simultânea de vários novos brotos, como são chamadas as células-filhas menores.
 

Esquizogonia ou divisão múltipla

O núcleo se divide diversas vezes por mitose antes da divisão celular. Depois, pequenas porções de citoplasma dispõem-se ao redor dos novos núcleos. Cada organismo isolado é denominado merozoíto. A membrana da célula-mãe se rompe, libertando esses indivíduos recém-formados.
 

 

 

 

Sexuada

 

 

 

 

Singamia

Dois indivíduos fundem-se como se fossem gametas, originando uma célula maior, o zigoto. Este sofre meiose, originando quatro novos indivíduos com genomas diferentes. Ao restituir o número cromossômico original, as células- filhas reproduzem-se assexuadamente.

Após a meiose, podem ocorrer também mitoses sucessivas nas células- filhas, formando grande número de células à semelhança do que ocorre na esquizogonia. Porém, como a célula-mãe originou-se de reprodução sexuada suas células-filhas são chamadas de esporozoítos.

 

Conjugação

 

A conjugação é um mecanismo de recombinação genética que ocorre entre protozoários ciliados. Os dois organismos participantes, denominados conjugantes, unem-se temporariamente por meio de uma ponte citoplasmática por onde trocam partes de seu genoma.

Em geral, os ciliados possuem um núcleo maior (macronúcleo), que comanda as funções vegetativas da célula, e outro menor (micronúcleo), responsável pela reprodução. Após o emparelhamento das duas células, os macronúcleos degeneram e cada micronúcleo sofre meiose, originando quatro novos micronúcleos em cada conjugante.

Três deles degeneram e o micronúcleo restante sofre mitose. Então, um dos micronúcleos haploides é trocado com o parceiro e os conjugantes se separam.

Após a separação, em cada indivíduo, os dois micronúcleos (um próprio e outro recebido do parceiro) se fundem, originando um micronúcleo diploide. Este sofre várias mitoses, com a formação de oito micronúcleos; quatro deles se transformam em um novo macronúcleo.

Posteriormente ambos os conjugantes se reproduzem assexuadamente e originam novos indivíduos, com material genético recombinado.

 

Classificação dos protozoários

 

Os avanços técnicos fornecem constante- mente novas informações sobre o parentesco evolutivo entre os protozoários, criando a necessidade de rever sua classificação. Porém, ainda não há um consenso a respeito dos grupos monofiléticos a serem formados.

Adotamos aqui uma classificação de caráter didático, que considera principalmente a presença e a forma de estruturas de locomoção, mas também os modos de reprodução. Veja a seguir os principais grupos de protozoários.

Presença de estruturas locomotoras

Os rizópodos ou sarcodinos, entre os quais estão as amebas, locomovem-se pela emissão de pseudópodes. A maioria é de vida livre, de ambiente aquático, mas há espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se assexuada (cissiparidade) ou sexuadamente (singamia).

Os flagelados caracterizam-se por apresentar um, dois ou mais flagelos, utilizados na locomoção. A maioria é de vida livre, vivendo nas águas salgada e doce e em solos úmidos. Há espécies parasitas, como a Giardia lamblia. De modo geral, reproduzem-se assexuada (cissiparidade) ou sexuadamente (singamia).

Flagelados do gênero Tryconympha desenvolveram uma relação de mutualismo intensa dentro do intestino de cupins. Eles se encontram protegidos no interior do corpo dos insetos e digerem a celulose proveniente da madeira, liberando nutrientes que são absorvidos pelos cupins. Essa relação é tão complexa que esses dois organismos não sobrevivem separadamente.

Os ciliados, cujo representante mais conhecido é o paramécio, caracterizam-se pela presença de cílios na superfície celular, usados no deslocamento do organismo e na captura de alimentos. Caracterizam-se também pela ocorrência de conjugação antes da reprodução assexuada por cissiparidade. A maioria é de vida livre e de água doce.

Os foraminíferos secretam uma carapaça, geralmente constituída de carbonato de cálcio, com inúmeros poros; através deles, passam os pseudópodes utilizados na locomoção e na captura de alimento. O grupo caracteriza-se ainda pela alternância de gerações sexuada e assexuada. São exclusivamente marinhos e a maioria é de vida livre.

Quando o organismo morre, a carapaça permanece, por isso os foraminíferos estão entre os poucos protozoários com registros fósseis. Os mais antigos datam do Cambriano, entre 500 e 575 milhões de anos atrás. O estresse ambiental prejudica a formação da carapaça, e, por isso, eles são bons indicadores de contaminação ambiental.

 

Ausência de estruturas locomotoras

 

O grupo dos apicomplexos reúne os rios que não têm estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, de plantas e animais, incluindo o ser humano. O nome Apicomplexa vem de uma parte da célula usada na perfuração da membrana das futuras células hospedeiras.

Muitos têm um ciclo de vida complexo, com alternância de reprodução assexuada (por esquizogonia) e sexuada (por singamia), e que necessita de mais de um hospedeiro para se completar. Os principais representantes do grupo são parasitas de seres humanos: o Plasmodium, que causa a malária, e o Toxoplasma gondii, que causa a toxoplasmose.

 

Protozoários e doenças

 

Os protozoários podem estabelecer relações mutualísticas com animais, fazendo parte da microbiota normal de muitos deles. Porém, muitas espécies são parasitas, instalando-se principalmente no sangue e no tubo digestório dos animais.

Alguns protozoários parasitas necessitam de dois hospedeiros para completar seu ciclo de vida: o hospedeiro definitivo, no qual ele se reproduz sexuadamente; e o intermediário, ou vetor, no qual ele se reproduz assexuadamente.

Amebíase e giardíase

A amebíase, causada pela Entamoeba histolytica, e a giardíase, causada pela Giardia lamblia, são parasitoses muito semelhantes.

Nos dois casos, em geral a contaminação ocorre pela ingestão dos cistos desses protozoários presentes em alimentos ou água contaminados, mas também pelo contato com mãos e outras partes do corpo contaminadas.

Em ambos os casos, após um curto período de incubação, o parasita assume sua forma do ativa no intestino do hospedeiro.

Na amebíase, os trofozoítos podem passar a se reproduzir, lesionando a parede do órgão e invadindo a circulação e chegar a outros órgãos. Os sintomas são desconforto abdominal, diarreia ou cólicas intestinais e, em casos mais graves, diarreia aguda, febre alta, calafrios e eliminação de fez-se com sangue.

Na giardíase, após a incubação, podem surgir sintomas como azia, náusea, perda de apetite, irritabilidade, cólicas e diarreia aguda e persistente, com fezes com odor forte acompanhadas de gases.

Muitas vezes, a infecção por ambos os protozoários é assintomática, mas a pessoa infectada continua a ser fonte de contaminação de novos indivíduos, pois os parasitas são eliminados com as fezes, contaminando o ambiente.

Ambas as parasitoses podem ser prevenidas pela instalação de saneamento básico, que minimiza a contaminação de água e alimentos. Também são indispensáveis os hábitos de higiene: lavar bem as mãos e alimentos, ferver e filtrar a água não tratada e evitar contato com fezes.

Leishmaniose

 

Há duas formas da doença, a tegumentar ou cutânea e a visceral ou calazar. A forma tegumentar, conhecida como úlcera de Bauru, pode ser causada por três espécies do protozoário: a Leishmania braziliensis, a guyanensis e a amazonensis. Inicialmente, surge na pele ou mucosas uma pequena elevação avermelhada e indolor, que aumenta de tamanho e transforma-se em ferida.

Na forma visceral, causada pela L. chagasi protozoário ataca órgãos internos, como o fígado, o baço e a medula óssea, onde destrói as células de defesa do organismo (leucócitos), deixando a pessoa exposta a infecções diversas. Os sintomas são: febre anemia, emagrecimento, aumento de volume de fígado e baço e hemorragias, as quais juntamente com a diminuição das defesas podem levar à morte.

Nas duas formas da doença, os protozoários são transmitidos pelas fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomyia, conhecidos como mosquito-palha ou birigui, que têm hábitos noturnos e habitam locais úmidos e escuros, próximos a depósitos de lixo orgânico ou perto de rios e lagos.

A prevenção inclui o combate ao mosquito transmissor, uso de repelentes em matas e áreas próximas da água, principalmente ao entardecer, e o tratamento dos doentes.

Malária

 

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito do gênero Anopheles.

Outra fêmea do mosquito pode picar essa pessoa e contaminar-se com o parasita, que nela se reproduz sexuadamente; os protozoários migram para as glândulas salivares do inseto, que passa a contaminar outras pessoas.

Alguns dias após o contágio (de 7 a 28 dias) surgem os sintomas: ataques periódicos de febre que estão relacionados ao rompimento das hemácias e liberação de merozoítos calafrios intensos, ondas de calor e sudorese, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e extremo cansaço.

No Brasil, destacam-se três espécies do parasita: o Plasmodium falciparum, causador da forma mais grave, com ataques febris a cada período de 36 a 48 horas, o P. vivax, com picos de febre a cada 48 horas, é a forma mais comum, e o P. malariae, com ataques febris a cada 72 horas, causa a forma menos grave.

Ainda não existe vacina. Nas regiões onde a doença é endêmica, como a Amazônia, recomenda-se usar repelente, evitar banhos em igarapés e lagoas ou aproximar-se de águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, quando os mosquitos estão mais ativos.

Doença de Chagas

 

É causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido às pessoas principalmente pela picada de um percevejo hematófago de hábitos noturnos, conhecido como barbeiro porque, em geral, pica o rosto e o pescoço de quem dorme. Durante o dia, o inseto esconde-se em frestas e outros locais escuros.

Em geral, ao alimentar-se do sangue contaminado de animais silvestres ou de seres humanos, o inseto contamina-se com o protozoário, que se multiplica em seu intestino. Após sugar o sangue de uma pessoa, o inseto defeca, eliminando o parasita. Durante o sono, a pessoa coca a picada, espalhando as fezes sobre a ferida e contaminando-se.

Uma vez na circulação, o Trypanosoma cruzi invade as fibras musculares do coração, do esôfago e do intestino, onde se reproduz, provocando a destruição das células desses órgãos. Os novos protozoários alastram a infecção.

Na fase inicial (ou aguda) da doença é possível eliminar o parasita. Mas essa fase costuma ser assintomática, ou apresenta apenas sintomas leves, como febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios. Em geral, passam-se muitos anos até que a pessoa descubra o problema, quando não é mais possível eliminar o parasita. Nessa fase (fase crônica) ocorrem manifestações mais graves, em geral, problemas cardíacos, principalmente arritmia, ou alterações na parede do esôfago ou dos intestinos.

Não existe vacina, e a prevenção consiste na eliminação do vetor, o barbeiro. Um programa habitacional adequado, que elimine as moradias precárias, pode minimizar o problema. Outra importante medida de prevenção é impedir o desmatamento, uma vez que a destruição das matas e florestas amplia o contato com os hospedeiros silvestres do protozoário, facilitando o deslocamento do ciclo do parasita para o ambiente doméstico.

O parasita também pode ser transmitido ao feto pela mãe contaminada; por transfusão de sangue contaminado; e oralmente pela ingestão de alimentos contaminados.

Algas

 

A diversidade das algas é muito grande. A maioria das espécies é marinha, mas há algas de água doce e até terrestres, em ambientes úmidos. Algumas suportam as geladas águas polares, e outras, as águas quentes de fontes termais. Além disso, em geral, algas são autótrofas fotossintetizantes, mas também existem algas heterótrofas.

Há espécies unicelulares, como as que vivem nas águas mais superficiais, sendo transportadas pela correnteza, constituindo o fitoplâncton, e as que possuem flagelos e se locomovem, como os euglenoides. Outras formam agrupamentos, ou colônias, como as do gênero Volvox, que constituem colônias esféricas que flutuam em lagos. Há também espécies multicelulares, denominadas talófitas, as quais apresentam uma estrutura muito simples, o talo, um conjunto de células praticamente iguais entre si. Ou seja, com exceção das estruturas e células envolvidas na reprodução, não existem tecidos nem órgãos.

Nesse caso, os nutrientes de que a alga necessita são absorvidos por toda a superfície do talo, e condução ocorre de célula a célula, mas apenas por curtas distancias. Assim, os talos geralmente são pouco espessos, mas podem ser filamentosos ou laminares, simples ou ramificados, e ter de alguns centímetros a vários metros de comprimento.

As células da maioria das algas são revestidas por paredes resistentes, constituídas predominantemente de celulose, em geral combinada com outras substâncias, como ágar, sílica ou carbonato de cálcio. Todas apresentam ao menos um cloroplasto, que pode variar em forma, composição, tamanho e conjunto de pigmentos fotossensíveis presentes.

Classificação das algas

 

 

A classificação das algas, assim como ocorre com os protozoários, ainda é objeto de muita controvérsia entre os pesquisadores, e os debates nessa área estão cada vez mais intensos. Assim, é provável que a atual classificação seja revista em breve, talvez com a definição de novos reinos.

Embora elas já tenham sido consideradas plantas, evidências atuais indicam que apenas as clorofíceas (algas verdes) tem relação evolutiva com as plantas. Os demais grupos representam linhas evolutivas independentes.

A divisão apresentada a seguir baseia-se justamente no conjunto de pigmentos (clorofilas e outros) e no tipo de substância de reserva presente nas células.

Euglenoides

São algas unicelulares que contêm as clorofilas a e b em seus cloroplastos e, como substância de reserva, o paramilo, um carboidrato.

Geralmente planctônicos e de água doce os euglenoides possuem dois flagelos: um muito curto, e o outro, maior, usado na locomoção, além de um vacúolo contrátil, que regula a quantidade de água da célula. Algumas espécies possuem ainda uma estrutura capaz de detectar a luz solar, o ocelo ou estigma, que permite sua orientação na direção da fonte luminosa.

Se não houver luz no ambiente, essas algas podem se alimentar de modo heterotrófico, voltando a fazer fotossíntese quando as condições ambientais permitirem. Existem também espécies totalmente heterotróficas.

Diferentemente dos outros grupos, euglenoides não apresentam parede celular rígida, apenas um revestimento flexível, que permite que façam fagocitose.

Dinofíceas

São unicelulares e contêm as clorofilas a e c, além de outros pigmentos, como a peridinina, que lhes dá a coloração amarelo-parda ou avermelhada. As substâncias de reserva são amido e óleos. Em geral, a célula apresenta membrana de celulose.

Embora sejam capazes de fazer fotossíntese, cerca de metade das espécies é heterótrofa.

Em geral marinhas, apresentam dois flagelos, cujo batimento faz a célula rodopiar. Por isso, também são conhecidas como dinoflagelados (do grego dinos, “pião”). Um exemplo bastante conhecido é a Noctiluca sp., que é bioluminescente, isto é, emite luz.

Muitas espécies, conhecidas como zooxantelas, estabelecem relações de mutualismo com animais marinhos, como corais, anêmonas e moluscos, cedendo-lhes parte das substâncias orgânicas produzidas na fotossíntese.

Crisofíceas

Nas células dessas algas estão presentes as clorofilas a e c, além de pigmentos como a fucoxantina, de coloração marrom, cuja combinação com outros pigmentos dá uma tonalidade dourada às crisofíceas (do grego khrysos, “ouro”), que por isso, também são conhecidas como algas douradas. As substâncias de reserva são óleos, que desempenham importante papel na flutuação.

Algumas espécies não apresentam parede celular. Quando presente, é composta por escamas de sílica. Também pode haver celulose nas escamas.

Elas são encontradas tanto em água doce quanto em água salgada.

Bacilariofíceas

Essas algas têm muitas características em comum com as crisofíceas, mas a parede celular, composta de sílica, está presente em todas as espécies.

Os representantes mais conhecidos são as diatomáceas, algas unicelulares, principalmente marinhas, que, junto com os dinoflagelados, fazem parte do fitoplâncton. Além de formarem a base das teias alimentares aquáticas, essas algas produzem boa parte do gás oxigênio devolvido para a atmosfera.

Clorofíceas

Conhecidas como algas verdes, suas células têm parede de celulose e apresentam as clorofilas a e b e o amido como substância de reserva. Essas características são uma evidência de que as clorofíceas – e especificamente um grupo delas, as carofíceas – são evolutivamente próximas das plantas, sustentando a hipótese de que os dois grupos teriam evoluído de um ancestral comum exclusivo.

As clorofíceas constituem o grupo mais numeroso e diversificado; estão presentes em todos os ambientes aquáticos e também nos terrestres úmidos, como troncos de árvores. Há espécies unicelulares, que podem viver isoladas ou formar colônias, e multicelulares, como a Ulva, alga comestível.

Algumas espécies mantêm relações mutualísticas com protozoários, hidras, fungos e até com mamíferos. Por exemplo, algas verdes unicelulares associam-se com fungos, formando liquens. Nessa relação de mutualismo, o fungo retira água e outros nutrientes inorgânicos do ambiente e os compartilha com a alga, que lhe fornece matéria orgânica (glicose). Outras se desenvolvem entre os pelos de bichos preguiça, fazendo com que estes adquiram uma coloração esverdeada e favorecendo a camuflagem do animal, que se confunde com a folhagem.

Rodofíceas

São conhecidas como algas vermelhas, mas, dependendo da combinação de pigmentos, podem adquirir tons mais escuros, quase pretos. Vivem principalmente nos mares tropicais, mas também ocorrem em água doce e em ambientes terres três úmidos.

Suas células contêm as clorofilas a e d, e, entre outros pigmentos, a ficoeritrina, responsável pela cor avermelhada, além de amido, como substância de reserva. Algumas contêm calcário na parede celular, o que dá rigidez ao talo. Aglomerados dessas algas originam substratos duros, contribuindo para a formação de bancos de recifes.

A maioria é multicelular. Nas espécies associadas ao solo marinho, é comum a presença de estruturas que permitem a fixação do organismo ao substrato, que pode ser constituído por rochas ou outras algas.

Feofíceas

As células das feofíceas, também chamadas de algas pardas ou marrons, apresentam as clorofilas a e c, além de um pigmento carotenoide pardo, a fucoxantina, responsável pela coloração dessas algas, que varia desde o amarelo-amarronzado até tons bem escuros e fortes. As substâncias de reserva são diversos tipos de óleos.

São multicelulares, marinhas, em geral de águas frias, chegando a atingir muitos metros de comprimento. Embora a maioria viva no fundo do mar, existem espécies flutuantes, as quais compõem grandes aglomerados, como os sargaços ocasionalmente arrastados até as praias pelas marés.

Reprodução das algas

 

As algas podem se reproduzir assexuadamente, mas a reprodução sexuada é mais frequente, inclusive entre as algas unicelulares, embora seja extremamente rara no grupo das dinófitas e nunca tenha sido observada em euglenófitas. As algas verdes e as pardas são as que apresentam maior diversidade reprodutiva com indivíduos haploides e diploides reproduzindo-se assexuada e sexuadamente.

Reprodução assexuada

Entre as algas unicelulares, a reprodução assexuada em geral ocorre por cissiparidade. Entre os organismos multicelulares filamentosos, ocorre por fragmentação: um ou mais pedaços do talo se destacam, e cada pedaço origina um novo indivíduo.

Entre as algas multicelulares também é comum a zoosporia: em um ponto do talo formam-se células flageladas, os zoósporos que são eliminados no ambiente e se desenvolvem em novas algas.

Além disso, sob condições desfavoráveis como baixa umidade, algumas espécies tanto unicelulares quanto multicelulares também podem produzir esporos de resistência. Quando as condições voltam a ser adequadas, esses esporos se desenvolvem, originando novos indivíduos.

Reprodução sexuada

 

A reprodução sexuada de algas é muito diversificada, com diferentes tipos de ciclos. Entre as algas unicelulares haploides (n), duas delas, quando maduras, podem se fundir, formando um zigoto diploide (2n), que sofre meiose, gerando quatro novas células haploides. Depois de saírem da capa que envolve o zigoto, estas amadurecem e reiniciam o ciclo.

Entre as multicelulares haploides, há inicialmente a formação de gametas por mitose, os quais são liberados no ambiente. Dois gametas se fundem e originam um zigoto diploide (2n), que sofre meiose e gera quatro células haploides (n), chamadas de zoósporos. Cada zoósporo origina uma nova alga haploide, reiniciando o ciclo.

Outro tipo de reprodução sexuada de algas multicelulares haploides é a conjugação. Células de alguns talos se diferenciam e formam gametas masculinos enquanto a em outro talo as células produzem gametas femininos. Forma-se, então, uma ponte citoplasmática entre os dois tipos de célula, através da qual o gameta masculino é transferido para a célula contendo o gameta feminino. Ocorre a fusão dos dois gametas, gerando um zigoto diploide. Este se desprende do talo feminino, sofre meiose e gera novos talos haploides, reiniciando o ciclo.

Esse tipo de ciclo de vida, em que há apenas adultos haploides, é chamado de haplobionte haplonte.

Entretanto, muitas algas multicelulares são diploides (2n). Nessas, uma região do talo ou então uma estrutura reprodutiva diferenciada, produz gametas haploides (n) por meiose. Estes são liberados no meio, onde se fundem, formando zigotos diploides (2n) – geneticamente diferentes dos genitores –, que se desenvolvem e reiniciam o ciclo. Esse tipo de ciclo de vida, em que há apenas adultos diploides, é chamado haplobionte diplonte.

Há também espécies multicelulares que apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações. Essas espécies desenvolvem dois tipos de talos: um constituído apenas por células diploides (2n), denominado esporófito e outro cujas células são haploides (n), o gametófito. Certas células do esporófito sofrem meiose e originam esporos haploides. Estes são eliminados do talo diploide e, ao encontrar um ambiente adequado, desenvolvem-se e originam novos talos haploides (gametófitos). Ao amadurecer, os gametófitos produzem, por mitose, vários gametas haploides flagelados, que são lançados no ambiente. Quando dois gametas se unem, formam um zigoto diploide, que, em condições favoráveis, desenvolve-se em talo diploide (esporófito). Esse ciclo de vida, com alternância de gerações, é chamado de diplobionte.

Importância das algas

 

As algas são utilizadas há tempos pela humanidade. Em seu estado natural, já foram muito usadas como fertilizantes, uma vez que são ricas em potássio e cálcio. Ainda hoje, o sargaço, uma feofícea, depois de seco e moído, é misturado ao solo como adubo.

Elas também são empregadas em diferentes atividades industriais. Certas espécies de rodofíceas produzem o ágar, que tem diversos usos industriais. Das feofíceas são extraídos alginatos, que ao contrário do ágar, são digeridos pelo organismo humano e, por isso, são utilizados pelas indústrias alimentícia e farmacêutica como estabilizantes para diversos produtos.

A carapaça silicosa das diatomáceas, acumulada ao longo do tempo, formou grandes depósitos, chamados de “terra ou vaza de diatomáceas”, empregados pela indústria de tintas na fabricação de filtros, polidores de metal, creme dental e esfoliantes, tijolos, cerâmica, etc.

Muitas clorofíceas, que acumulam carbonato de cálcio em suas paredes celulares, são utilizadas como fonte desse mineral para a produção de rações.

Estudos recentes isolaram, de algumas espécies de algas, certas substâncias cujas ações antivirais, antibacterianas e antitumorais estão sendo testadas.

Algas em geral são muito ricas em proteínas, vitaminas, sais minerais e fibras. A feofícea Laminaria é comestível. Rica em iodo, ela também é usada no tratamento contra o bócio. Algumas rodofíceas e clorofíceas comestíveis são bastante utilizadas como alimento especialmente nos países do Sudeste Asiático.

As algas são importantíssimas para a biosfera. Tanto as unicelulares quanto as multicelulares realizam fotossíntese, produzindo matéria orgânica e gás oxigênio, utilizados por outros seres vivos. Além de oxigenar os ambientes aquáticos, esse gás dissolve-se na atmosfera (o gás oxigênio da atmosfera terrestre é produzido principalmente pela fotossíntese do fitoplâncton).

As algas também formam a base das cadeias alimentares dos ecossistemas onde estão presentes. Sua biomassa é consumida, direta e indiretamente, por outros seres vivos aquáticos e dos ambientes diretamente ligados a eles, como manguezais, restingas, matas ciliares, entre outros. Como as algas compõem um grupo muito diversificado, servem de alimento para um número também diversificado de seres vivos, favorecendo o desenvolvimento da enorme biodiversidade dos ambientes aquáticos, em especial das regiões tropicais.

Algumas vezes, as algas planctônicas se reproduzem excessivamente, formando “tapetes” sobre a superfície da água. Esse desequilíbrio das algas, também chamado de floração, pode levar a uma diminuição dramática da biodiversidade de um lago, estuário ou outros ambientes aquáticos, uma vez que a turvação da água impede o desenvolvimento de outros seres fotossintetizantes, causando um impacto negativo sobre o ecossistema. Esse fenômeno compromete a qualidade da água que, para ficar própria para consumo e lazer, terá de passar por um tratamento mais caro que o habitual.

O fenômeno da floração de algas é provocado por diversos fatores naturais, como mudança de temperatura ou de salinidade da água, mas sobretudo pelo aumento de nutrientes, decorrente de descargas de esgoto, fertilizantes agrícolas e lixo no ambiente. Quando os fatores causadores do desequilíbrio desaparecem, o fitoplâncton costuma voltar aos níveis normais.

A maré vermelha, provocada por algumas dinoficeas, como a Gonyaulax, é um caso de floração em ambientes marinhos. Essas algas produzem toxinas que podem se concentrar nos tecidos de peixes e de outros animais e matá-los. Caso estes sejam consumidos por seres humanos, podem causar graves intoxicações.

Prática do Laboratório

Prática do Laboratório 1

prc3a1tica-do-laboratc3b3rio-2.jpg

Chapéu: O chapéu é a parte mais importante do cogumelo, pois na sua superfície  inferior encontramos o himénio onde estão os esporos reprodutores da espécie.

Anel: o anel, não é na realidade uma parte do pé, mas o resto de um véu que cobre a parte inferior do chapéu do cogumelo no estado jovem. O chapéu ao abrir-se rompe o véu que pode ficar aderente ao pé formando o anel.

Volva: A volva é o resto de um véu que cobre a parte inferior do chapéu do cogumelo no estado jovem . O chapéu ao abrir-se rompe o véu, podendo ou não, formar um anel, deixando uma volva que envolve a base do pé.

Parte inferior do chapéu: Com lâminas, tubos ou esporos , agulhas ou dentes e pregas ou pseudolâminas.

Pé ou Estipe: O pé do cogumelo pode adquirir diferentes formas.

Fotos da lâmina que portava os fungos para a visualização dos mesmos

IMG-20170420-WA0006

IMG-20170420-WA0007

IMG-20170420-WA0009

IMG-20170420-WA0015

IMG-20170420-WA0018

IMG-20170420-WA0021

IMG-20170420-WA0023

IMG-20170420-WA0024

IMG-20170420-WA0026

Atividade sobre Fungos

1 – Porque as plantas são autotróficas e os fungos heterotróficos. Os fungos possuem parede celular, mas ela não é constituída por celulose e sim por quitina, molécula orgânica encontrada em células animais.

2 – Sim, porque a célula de um fungo tem parede celular composta de quitina.

3 – a) Decomposição de matéria orgânica.

b) A decomposição promove a reciclagem de elementos químicos que constituem os seres vivos.

c) Zigomicetos.

d) Os fungos absorvem as moléculas orgânicas mais simples, resultantes da digestão de moléculas complexas. Essa digestão é feita por enzimas lançadas no meio ambiente pelo próprio fungo.

4 –Reprodução

5 – a) A. Quitridiomicetos B. Zigomicetos C. Ascomicetos D. Basidiomicetos

b) Sim, os quitridiomicetos vivem principalmente em ambiente aquático. Possuem células dotadas de flagelos em alguma fase da vida que auxilia muito na locomoção em meio aquático.

c) Ocorre no período de reprodução, quando se formam as hifas dicarióticas. C e D representam corpos de frutificação.

6 – a) Fotossíntese.

b) Predação.

7 – A parede celular dos fungos é composta de quitina, substância orgânica também presente em certos animais.

8 – A liberação do gás carbônico gerado pelo processo de fermentação faz a massa do pão crescer.