Equinodermos

Equinodermos 

 

  • Características Gerais 

 

E bem provável que você já tenha visto um equinodermo. Apesar do  nome incomum, alguns representantes desse filo, como as estrelas-do-mar, as bolachas-da- como, as praia e os ouriços-do-mar, são bem conhecidos. O termo equinodermo vem do grego echinos, “espinho”, e derma, “pele”, e se deve ao fato de esses animais terem um grande número de espinhos recobrindo o corpo.  

São seres marinhos de vida livre e, como outra característica importante, são animais deuterostômios. No início da vida possuem simetria bilateral, porem na vida adulta adquirem uma simetria pentarradial. São seres triblásticos que possuem celoma, tendo face oral e Sobral no lugar de boca e ânus. Não possuem cabeça nem cauda e, como meio de proteção, possuem um endoesqueleto de calcário. 

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  • Superfície Corporal Externa 

 

Os equinodermos são dotados de apêndices que possuem diversas funções no funcionamento do organismo, como locomoção, defesa, respiração, excreção e até mesmo limpeza. 

 

  • Sistema Ambulacral 

 

O sistema ambulacral (do latim ambulacrum, “galeria, alameda) é uma exclusividade dos equinodermos. Ele é composto de diversos canais preenchidos por um líquido muito semelhante à água do mar. Os canais ligam-se ao meio externo por intermédio de uma estrutura chamada de placa madrepórica. Existem canais radiais que se ramificam em pequenas estruturas em formato de saco, chamadas ampolas. Cada uma dessas ampolas tem um prolongamento muscular que termina em forma de ventosa, são os pés ambulacrais. 

O sistema ambulacral está intimamente relacionados locomoção. Por meio de contrações e relaxamentos da musculatura das ampolas Por as ventosas ora aderem, soltam do e dos pés ambulacrais, do substrato, permitindo a locomoção do animal. O movimento dos pés ambulacrais é extremamente coordenado. Alguns funcionam como guias, direcionando o movimento, enquanto os outros seguem na mesma direção. 

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  • Circulação e Digestão  

 

Em geral, os equinodermos apresentam tubo digestório completo, com boca e ânus, e não apresentam sistema circulatório. 

O tubo digestório é formado pela boca, um pequeno estômago, um intestino retorcido (ramificado nas estrelas-do-mar e serpentes-do-mar) e um ânus. Nos ouriços-do-mar a região da possui um conjunto de dentes articulados a uma estrutura óssea, a terna de aristóteles, usada ao cavar, raspar e triturar o alimento. 

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  • Sistema Nervoso e Reprodução 

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Sistema Nervoso dos Equinodermos

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Reprodução Assexuada

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Reprodução Sexuada

 

 

  • Classes do Equinodermos 
  1. Asteroides – Representada pelas estrelas-do-mar, habitantes de costas marinhas, praias e rochas. Possuem, geralmente, cinco braços, sendo que estes não partem de um disco central. São carnívoras e necrófagas.
  2. Equinoides – Animais de corpo arredondado, sem braços, com espinhos móveis e delgados: bolacha-de-praia e ouriço-do-mar. Os primeiros se alimentam de partículas orgânicas; os ouriços, de plantas marinhas e partículas orgânicas, e vivem em fendas de rochas circundadas pela água do mar. Possuem menor capacidade de regeneração.
  3. Ofiuroides – Representada pelas serpentes-do-mar: animais noturnos que, durante o dia, se enterram no substrato ou se escondem sob pedras ou plantas. São parecidos com as estrelas-do-mar, mas seus braços são mais longos, esguios e articulados, e partem do disco central. São raspadores e necrófagos.
  4. Crinoides – Representada pelos lírios-do-mar, animais de braços ramificados e bastante brilhantes. Vivem em locais mais profundos, inclusive na região abissal, fixados por pedúnculo ao solo ou a recifes. Alimentam-se de plâncton microscópico e detritos.
  5. Holoturoides – Representada pelos pepinos-do-mar, indivíduos de corpo alongado e mole, em razão da ausência de carapaça. Vivem, geralmente, enterrados. São comensais e parasitas de algumas espécies de anelídeos, caranguejos e peixes.

Referências:

http://brasilescola.uol.com.br/biologia/equinodermos.htm

 

 

Artrópodes

Artrópodes

Características Gerais

O filo Artrópode é grandemente diversificado, tendo organismos com características muito diferentes uns dos outros. Um exemplo disso é o próprio tamanho dos mesmos, como por exemplo ácaros que são microscópios, ao passo que o caranguejo gigante do Japão pode atingir até quase 4 metros. O nome artrópode é dado por causa de apêndices corporais dotados de articulações. Os organismos deste grupo são celomados, triblásticos e com simetria bilateral. Assim como os Anelídeos tem o corpo segmentado, sendo que essas partes passam a fundir-se em conjuntos com funções especializadas, os tagmas.

Artrópodes

Características Gerais

O filo Artrópode é grandemente diversificado, tendo organismos com características muito diferentes uns dos outros. Um exemplo disso é o próprio tamanho dos mesmos, como por exemplo ácaros que são microscópios, ao passo que o caranguejo gigante do Japão pode atingir até quase 4 metros. O nome artrópode é dado por causa de apêndices corporais dotados de articulações. Os organismos deste grupo são celomados, triblásticos e com simetria bilateral. Assim como os Anelídeos tem o corpo segmentado, sendo que essas partes passam a fundir-se em conjuntos com funções especializadas, os tagmas.

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Outra característica muito marcante do filo é seu exoesqueleto que é formado pela quitina, o que protege o corpo dos animais contra invasões e por ser rígido dá uma certa sustentação ao organismo. É impermeável, o que também ajuda na sua proteção. Tem tubo digestório completo, com boca e ânus e com sistema circulatório aberto. Tem o sistema nervoso bem desenvolvido, com cérebro relativamente grande e órgãos sensoriais, como olhos, sensores químicos e tácteis. Podem ser carnívoros, apesar de que a grande maioria seja herbívoro, ou até mesmo onívoros.

São responsáveis por um impacto tanto na vida humana como na natureza em si por serem, muitas vezes, nossos parasitas, como é o caso de piolhos ou parasitas de grandes plantações, como gafanhotos. Podem transmitir doenças (mosquito Aedes aegypti, por exemplo) e ajudar economicamente com a polinização ou até mesmo produzir mel no caso das abelhas.

 

Estrutura corporal

            O corpo dos Artrópodes é dividido em segmentos chamados de metâmeros, porém quando o inseto se torna adulto, os segmentos se fundem formando conjuntos especializados em determinadas funções. Esses blocos especializados são a cabeça, o tórax e o abdome do organismo. O exoesqueleto exerce função grandemente importante na estrutura corporal do inseto por protege-lo contra agressões e da desidratação. É composto por quitina, um material leve, rígido, resistente e impermeável, entretanto, neste exoesqueleto, também pode estar presente ceras, proteínas e sais de cálcio. O exoesqueleto quitinoso não é expansível, o que limita o crescimento dos organismos ao período de mudas ou ecdises. Neste período o animal deixa a antiga carapaça e permanece coberto por uma fina cutícula com menos quitina, com isso o organismo cresce até haver um acúmulo de quitina novamente e a “armadura” se enrijecer de novo. O cérebro mais desenvolvido nesse filo coordena todo o trabalho muscular, o que permite uma economia de energia para o animal. Existe também uma comunicação entre a estrutura cerebral e os órgãos sensoriais.

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Outro ponto notável da estrutura corporal de um artrópode são os apêndices que se desenvolvem em cada segmento. Em alguns organismos os apêndices se especializaram para realizar uma atividade específica e em outros os metâmeros perderam os apêndices ao longo do tempo e evolução. Os apêndices locomotores se localizam geralmente nos tagmas intermediários e nos caudais e os especializados se localizam na cebeça.

 

Principais grupos de Artrópodes

Crustáceos

            O nome do subfilo foi dado por causa do envoltório que recobre o corpo da maioria das espécies. O subfilo inclui organismos como camarões, caranguejos e lagostas. A maioria dos organismos desse subfilo são de vida livre e aquáticos podendo ser encontrados em quase todos os ambientes marinhos e de água doce. Um exemplo de crustáceo terrestre é o tatuzinho-de-quintal e um exemplo séssil é craca.

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Os crustáceos diferem dos demais artrópodes por possuírem dois pares de antenas, tendo o corpo dividido, em geral, em cefalotórax e abdome, porém o grau de fusão dos segmentos é variável. O cefalotórax é quase sempre recoberto por uma carapaça, formada pela expansão lateral da cutícula. Os organismos do subfilo podem ser predadores de partículas em suspensão ou comedores de detritos. Sua digestão ocorre no intestino, com glândulas produtoras de enzimas, sendo que os resíduos são eliminados pelo ânus.

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Organização corporal de um crustáceo

A reprodução dos crustáceos se dá, em sua maioria, com sexos separados. As gônadas pares localizam-se no cefalotórax e os gametas são conduzidos por ductos que se abrem em diferentes regiões do corpo, conforme a espécie. A cópula com fertilização está presente na maioria das espécies. O desenvolvimento pode ser direto ou incluir estágios larvais.

Subfilo dos Quelicerados

Os artrópodes quelicerados caracterizam-se por apresentar 6 pares de apêndices. O primeiro deles é o par de quelíceras. O segundo par é de pedipalpos. Ambos são usados na captura e manipulação do alimento. Os outros 4 pares de apêndices são as pernas. Mandíbulas e antenas estão ausentes. O grupo é representado pelos límulos, aranhas-do-mar e aracnídeos.

 

Ordem dos Escorpiões

Os escorpiões geralmente ativos à noite, vivem nas regiões quentes e temperadas do planeta. Apresentam um cefalotórax curto, no qual se inserem os apêndices. O restante é um abdome que termina em um aguilhão típico e bem conhecido. O aguilhão é dotado de glândulas de veneno, onde sua extremidade pontiaguda é usada ao inocular o veneno em suas presas. O veneno tem ação neurotóxica, paralisando e mtanado a maioria das presas. Os escorpiões têm o tato como seu sentido mais importante, mais utilizado na caça.

 

Ordem das Aranhas

As aranhas são os quelicerados mais abundantes e diversificados, com aproximadamente 35 mil espécies distrubuídas por todo o planeta. O corpo é formado por cefalotórax e abdome, porém este não é segmentado. As aranhas são predadoras e alimentam-se de insetos. Possuem olhos, mas sua visão é pouco desenvolvida, percebem o ambiente mediante cerdas tácteis.

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Ordem dos Ácaros

                Os carrapatos e ácaros constituem um grupo com cerca de 45 mil espécies descritas. A maioria não ultrapassa 1mm de comprimento, mas alguns podem chegar a 3cm. Vivem nas camadas mais superficiais do solo, junto às folhas em decomposição, ou em ninhos e tocas de aves, mamíferos ou insetos. Os ácaros apresentam o cefalotórax fundido ao abdome, sem sinal externo de segmentação.

 

Subfilo dos hexápodes

                O subfilo dos hexápodes que inclui os insetos, é sem dúvida o maior e mais abundante grupo animal conhecido, com cerca de 1 milhão de espécies descritas, segundo algumas estimativas. São mais frquentes em ambientes terrestres e abundantes nas regiões tropicais, em florestas, desertos e ambientes urbanos. As formigas são quase tão importantes quanto as minhocas no trabalho de cavar galerias, manejar e arejar o solo.

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Organização corporal externa

                Eles têm o corpo dividido em três tagmas: cabeça, tórax e abdome. A cabeça apresenta um par de antenas, um par de olhos compostos e, frequentemente, três olhos simples, chamados ocelos. No tórax encontram-se três pares de pernas e, na maioria das espécies, dois pares de asas. Há nas laterais do abdome (e também do tórax) os espiráculos, que são aberturas do sistema respiratório. No último segmento abdominal das fêmeas, encontra-se o ovipositor, estrutura relacionada à reprodução

 

Locomoção

Os insetos têm um andar bastante estável porque mantêm três de suas pernas sempre apoiadas, sendo uma delas oposta as outras duas. Na maioria das vezes na ponta das pernas há o formato de uma garra, o que permite aos insetos deslocar-se em superfícies verticais, agarrando-se as pequenas irregularidades da superfície.

Outros têm cerdas hidrofóbicas nas pernas, o que permite que eles andem sobre as águas por não romper sua tensão superficial.

A maioria dos insetos tem dois pares de asas, mas alguns não são alados, ou seja, com capacidade de voar. Em outros casos as asas só estão presentes nos organismos reprodutores, como nas formigas e nos cupins ou só servem como balancins, que serve para manter o equilíbrio durante o voo, no caso das moscas e mosquitos é o par posterior de asas, por exemplo.

O batimento das asas dá-se pela ação dos músculos localizados no tórax. Moscas e abelhas podem mover as asas até 100 vezes por segundo, chegando a velocidades superiores a   40 km/h.

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Sistemas circulatório e respiratório

O sistema circulatório é aberto e organizado como o de outros artrópodes. A respiração ocorre pelo sistema traqueal, um conjunto de túbulos ocos ramificados por todo corpo. A partir do espiráculo, abertura na superfície do corpo, um tubo maior se ramifica para dentro, formando uma extensa rede de túbulos. Mais próximos aos tecidos, as paredes são muito finas, permitindo as trocas gasosas diretamente entre o ar e dos túbulos e as células.

Sistemas nervoso e sensorial

O sistema nervoso é semelhante ao dos demais artrópodes. Entre os órgãos sensoriais está presente um par de olhos compostos, capazes de formar imagens, mas também podem existir ocelos, olhos de lente única, que captam apenas variações na luminosidade.

O tato é muito desenvolvido. São espalhados por toda a superfície do corpo, incluindo pernas e antenas, existem cerdas e nervos sensoriais, que possibilitam a percepção da temperatura, da umidade, do toque e das vibrações. Em alguns insetos existe uma membrana no terceiro par de pernas, o tímpano, por onde eles podem perceber determinados sons.

Sistema digestório

O tubo digestório é completo. A digestão se inicia no papo, uma porção dilatada do esôfago. Muitos insetos têm moela, que tritura o alimento. Na região intermediária, ou estômago, enzimas são produzidas e ocorre a maior parte da digestão química, além da absorção de nutrientes, os cecos gástricos aumentam a área para digestão e absorção. A região posterior inclui o intestino e o reto, e é onde ocorre absorção de água.

Alimentação

A maioria dos insetos é herbívora, ou seja, alimenta-se de tecidos ou de fluidos vegetais. Muitos são detritívoros ou se nutrem de matéria orgânica em decomposição, como resto de seres vivos ou fezes. Os predadores capturam outros animais, geralmente outros insetos, e muitos são parasitas. Há alguns que cultivam seu próprio alimento, como a formiga, insetos que mudam seu hábito alimentar na fase adulta e insetos que não se alimentam na fase adulta, ou seja, vivem das reservas acumuladas nos estágios inicias da vida.

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Sistema excretor

O sistema excretor dos insetos é formado pelas glândulas retais e pelos túbulos de Malpighi, que são semelhantes ao dos aracnídeos.

Reprodução

Todos insetos apresentam sexos separados, com fecundação interna e muitos insetos copulam apenas uma vez na vida.

 

 

Questões sobre Anelídeos

1 – Os anelídeos são divididos em 3 grupos.

a) Cite o nome desses e dê exemplos de seus representantes.

Poliquetos, em sua maioria marinhos, e citelados (terrestres e de água doce) que são divididos em duas subclasses, a dos oligoquetos (minhocas) e a dos hirundíneos (sanguessugas).

b) Associe a cada grupo ao menos uma característica, visível externamente, que permita diferenciá-los dos demais.

Os poliquetos apresentam cerdas nos apêndices laterais e, também, cabeça diferenciada. Os oligoquetos possuem parede corporal revestida por cutícula, podem produzir muco e apresentam citelo permanente. Os hirundíneos apresentam corpo achatado e duas ventosas nas extremidades do corpo.

2 – Descreva o modo de locomoção observado em um representante de cada grupo.

As minhocas (oligoquetos) rastejam, a força muscular age em cada segmento corporal individualmente causando ondas de contração. Um poliqueto rasteja ou nada livremente com o auxílio dos apêndices laterais.

3 – Nos anelídeos, podem ser observadas várias maneiras de realizar trocas gasosas.

a) Quais são as estruturas envolvidas nas trocas gasosas?

Em todos os anelídeos,  a respiração pode ocorrer pela superfícies corporal, mas algumas espécies de hurindíneos e de poliquetos apresentam brânquias.

b) Associe o modo de respiração ao habitat desses animais.

Os oliquetos, terrestres e de água doce, em geral respiram por difusão através da parede corpórea. Já poliquetos possuem respiração cutânea ou branquial, assim como os hirundíneos.

4 – A segmentação é uma característica marcante nos anelídeos. Como a segmentação corporal se manifesta interna e externamente?

A segmentação interna é notada na cavidade celomática, subdividida em compartimentos por septos. Externamente pode se observar a divisão do corpo em segmentos ou anéis, separados por sulcos circulares.

Filo dos Anelídeos

Filo dos Anelídeos

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Introdução

Os animais que fazem parte desse grupo, geralmente, têm o corpo dividido em anéis, que inclui vermes com o corpo segmentado Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nu, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).

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Características Gerais

O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea – respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.

O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e ânus, e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.

Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, ou seja, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.

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Sistema digestivo – a digestão é completa e extracelular, apresentando aparelho digestório compartimentado em regiões diferenciadas: faringe, papo e moela;

Sistema respiratório – a respiração é cutânea, com trocas gasosas através da superfície corporal;
Sistema nervoso – formado por um gânglio nervoso central ligado a um cordão ventral com numerosos nódulos;

Sistema circulatório – fechado, apresentando vasos pulsáteis (corações laterais) promovendo a circulação do sangue;

Sistema excretor – formado por metanefrídeos que secretam principalmente amônia.

 

Classificação

Podemos classificar os anelídeos utilizando como critério a presença ou a ausência de estruturas semelhantes a pelos e a quantidade dessas cerdas.

Classe Oligoquetos – são anelídeos com poucas cerdas no corpo, possuindo uma região epidérmica espaçada, o clitelo, sendo responsável pela síntese de um casulo que abrigará os ovos fecundados durante a reprodução. Ex: minhocas.

Classe Poliquetos – são anelídeos portadores de inúmeras cerdas inseridas em projeções laterais ao corpo, formando estruturas denominadas parapódios que auxiliam na locomoção. Esses animais são desprovidos de clitelo. A maioria das espécies deste grupo se reproduz sexuadamente, possuindo fertilização externa que resulta na formação de larvas livre nadantes. Ex: Nereis (organismo marinho).

Classe Hirudíneos – anelídeos sem cerdas e com ventosas bucais e na região posterior do corpo. São hermafroditas, com fecundação cruzada e desenvolvimento direto. Ex: sanguessuga.

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Importância dos Anelídeos para o Meio Ambiente

Eliminadas através do ânus, as fezes da minhoca são ricas em restos alimentares que sofrem a ação de bactérias decompositoras, fertilizando assim o solo. O húmus (matéria orgânica em decomposição) é rico em nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que são macro-nutrientes necessários às plantas em geral, dentre outros componentes. Além disso, ao escavar o solo, as minhocas formam túneis, favorecendo a aeração das raízes das plantas e a penetração das águas das chuvas.

Exercícios sobre Nematoides

Questão 1 – Os nematoides não são dotados de estruturas rígidas de sustentação do corpo, como conchas ou carapaças, mas os biólogos afirmam que esses animais têm um esqueleto hidrostático. Explique o que é e como funciona o esqueleto hidrostático dos nematoides.

Resposta – Esqueletos hidrostáticos são cavidades corporais (pseudoceloma ou celoma) preenchidas por líquido, que dão apoio às contrações musculares e permitem que o organismos que a possuem possam movimentar e alterar a forma de seus corpos. Isso só se torna possível pelo fato da água ser modelável, mas incompressível. Está presente nos nematódeos (apresentam pseudoceloma) e nos anelídeos (apresentam celoma), entre outros invertebrados.

Questão 2 –  Descreva o ciclo de vida do nematoide Ascaris lumbricoides.

1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.

2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.

3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.

4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.

5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.

6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.

7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.

8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.

9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.

 

Referências:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php

https://bioglossa.wikispaces.com/Esqueleto+Hidrost%C3%A1tico

Questões sobre Moluscos

1 – É correto dizer que todos os moluscos têm conchas? Explique.

Não, pois o polvo e a lesma não possuem. Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles tem uma concha cuja sua função é proteger o corpo.

2 – O corpo dos moluscos é parcialmente encoberto por uma estrutura chamada manto. O que é e qual sua importância?

Manto é uma epiderme dorsal que recobre a massa visceral, e em quase todos os moluscos o manto secreta uma secreção calcária que forma a concha calcária que o protege de predadores e choques mecânicos. Ele é importante, pois dentro do manto reside a maioria dos seus órgãos, se o manto for quebrado ocasiona a morte do molusco

3 – Os moluscos vivem em habitats variados, portanto apresentam também variados modos de locomoção. Quais são esses modos de locomoção e a quais estruturas corporais estão associadas?

Nas espécies terrestres os moluscos utilizam seu pé através de contrações musculares fazem a locomoção. Alguns bivalves podem se locomover por propulsão, através da abertura e do fechamento das valvas da concha. Os moluscos utilizam seus tentáculos e os cefalópodes por meio de propulsão a jato, que é a saída do fluxo de água em movimentos rápidos.

4 – Muitos moluscos têm uma estrutura chamada rádula. O que é e qual sua função?

A rádula é uma estrutura que se localiza na faringe de alguns moluscos,como caracóis e lulas, para ralar os alimentos. Ela é como uma língua que possui pequenos dentes de quitina em sua superfície. Se situa na base da boca dos moluscos (exceto no caso dos bivalves).

5 – Em muitos gastrópodes existe uma estrutura chamada opérculo. Explique o que é e qual sua função.

Estrutura responsável pela proteção das brânquias. Enrijecida, é localizada na face dorsal do pé dos gastrópodes.

6 – Qual a função da bolsa de tinta, glândula anexa ao intestino de muitos cefalópodes?

Para o momento de fuga, poder expelir essa substância deixando o ambiente  turvo vindo a confundir os predadores.

7 – Explique o papel do sifúnculo na natação do animal.

O sifúnculo é utilizado para adicionar ou remover gases das câmaras posteriores da concha, quando cheia de gases, as conchas atuam como flutuadores, facilitando o deslocamento vertical do náutilo.

8 – Algumas espécies de moluscos bivalves são conhecidas pela capacidade de produzir pérolas. Explique esse processo no interior de uma ostra.

É um mecanismo de defesa do animal, quando ocorre a penetração de corpos estranhos, como grãos de areia, parasitas, pedaços de coral ou rocha, entre a concha e o manto. Quando esse corpo estranho está no interior da ostra, o manto do animal envolve essa partícula em uma camada de células epidérmicas, que produzem sobre ela várias camadas de nácar, originando a pérola.

Filo dos Moluscos

FILO DOS MOLUSCOS

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Introdução

Os moluscos são animais de vida livre, que vivem em ambientes terrestres e aquáticos, de água doce ou salgada. São animais de pele fina que tem o corpo mole e que geralmente usam carapaças (as conchas) como proteção contra danos. No tempo em que ainda não havia vida no ambiente terrestre, os moluscos – com a sua concha protetora – já habitavam os mares. Estão presentes nesse grupo as lulas, os caracóis, lesmas, polvos e caramujos.

 

Características Gerais

Uma característica marcante da maioria dos moluscos é a presença da concha. Trata-se de uma carapaça calcária, que garante uma boa proteção ao animal. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente; nas lulas, é pequena e interna. Os moluscos são enterozoários (que têm cavidade digestiva) completos. Muitos deles possuem uma estrutura chamada rádula. Com ela, podem raspar pedaços de alimentos, fragmentando-os em pequenas porções. A digestão dos alimentos se processa quase totalmente no interior do tubo digestivo (digestão extracelular). Algumas macromoléculas só completam a sua fragmentação no interior das células de revestimento do intestino (digestão intracelular). A maioria dos moluscos apresentam sistema circulatório aberto ou lacunar, no qual o sangue é impulsionado pelo coração, passa pelo interior de alguns vasos e depois alcança lacunas dispostas entre os vários tecidos, nas quais circula lentamente, sob baixa pressão, deixando nutrientes e oxigênio, e recolhendo gás carbônico e outros resíduos metabólicos. O sistema nervoso dos moluscos é ganglionar, com três partes de gânglios nervosos de onde partem nervos para as diversas partes do corpo. Os cefalópodos possuem um grande gânglio cerebróide, semelhante ao encéfalo dos vertebrados o que permite a execução de atividades altamente elaboradas.

O sistema digestório dos moluscos é do tipo completo, ou seja, eles possuem boca e ânus, além de esôfago, estômago e intestino.  Quanto ao respiratório, existem desde espécies que apresentam apenas respiração branquial, espécies que possuem brânquias e nas quais a cavidade do manto funciona como um pulmão (saco pulmonar), até espécies sem nenhuma brânquia e apenas com o saco pulmonar. O sistema nervoso dos moluscos é composto, basicamente, por um anel de nervos ao redor do esôfago e uma série de cordões nervosos que seguem para as demais regiões do corpo.

 

Morfologia

Os moluscos são animais triblásticos, celomados e protostômios. Apresentam o corpo mole, não segmentado, e com simetria bilateral. A cabeça ocupa posição anterior, onde abre-se a boca, entrada do tubo digestivo. Muitas estruturas sensoriais também localizam-se na cabeça, como os olhos. Sensores químicos também estão presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido.

O pé é a estrutura muscular mais desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. O restante dos órgãos está na massa visceral.  Nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Ao redor da massa visceral, está o manto, responsável pela produção da concha.

Entre a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto . Nos moluscos aquáticos, essa cavidade é ocupada pela água que banha as brânquias; nos terrestres, é cheia de ar e ricamente vascularizada, funcionando como órgão de trocas gasosas, análoga a um pulmão.

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Bivalve, presença de sifão inalante e exalante.

 

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Representação de um Gastrópoda.

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Reprodução

A reprodução dos moluscos é sexuada e, na maioria dos representantes do grupo, a fecundação é interna e cruzada. O caramujo-de-jardim, por exemplo, é monóico. Na cópula, dois indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos quais fecundam-se reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto).

Nos cefalópodes, o macho carrega um pacote de espermatozóides que é introduzido na cavidade do manto da fêmea para as fecundações. Após as fecundações, são liberados milhares de ovos, dotados de casca gelatinosa. As fêmeas de muitas espécies depositam os ovos em lugares protegidos, debaixo de rochas, no interior de cavernas etc. Certas fêmeas de polvos até cuidam dos ovos “arejando-os” com jatos de água expelidos pelo sifão. O desenvolvimento é direto, sem larva. A maioria dos filhotes que nasce servirá de alimento para diversos predadores. Poucos polvos e lulas chegam à vida adulta, pois a morte da progenitora coincide com o nascimento dos filhotes.

 

Classificação

Monoplacophora → seres que possuem uma única concha em forma de capuz, revestindo totalmente o pé e a massa visceral.

Amphineura → organismo possuidor de concha formada por um conjunto de oito placas articuladas, circundadas por um cinturão dérmico. O pé é bem desenvolvido e adaptado à forma de locomoção (animais rastejantes).

Scaphopoda → animais formados por concha única com formato cônico, aberta nas extremidades. São exclusivamente marinhos, vivendo enterrados na areia, hábito proporcionado a especialidade dos pés, conferindo a capacidade de escavar.

Pelecypoda ou Bivalvia → moluscos formados por duas valvas articuladas, semelhante a uma dobradiça com característica elástica. Vivem enterrados ou fixados em substratos submersos de água salgada ou doce.

Gastropoda → animais que possuem concha com morfologia espiralada (caramujos e caracóis), retraindo-se para o interior dessa quando em situações adversas (perigo). Apresentam pés adaptados ao deslizamento sobre a superfície.

Cephalopoda → organismos marinhos, com algumas espécies apresentando concha interna (lula e sépia) e outras desprovidas de conchas (polvo), manifestando aparelho locomotor modificado em tentáculos dotados de ventosas.

Aplacophora → molusco de pequena dimensão e sem concha, assemelhando-se a vermes.

 

 

 

 

Nematoides

Nematóides

Os nematelmintos (do grego nematos: ‘filamento’, e helmin: ‘vermes’) são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas.

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Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e resistente.

Nematóides

Os nematelmintos (do grego nematos: ‘filamento’, e helmin: ‘vermes’) são vermes de corpo cilíndrico, afilado nas extremidades. Muitas espécies são de vida livre e vivem em ambiente aquático ou terrestre; outras são parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano. Há mais de 10 mil espécies desse tipo de vermes catalogadas, mas cálculos feitos indicam a existência de muitas outras espécies, ainda desconhecidas.

Ao contrário dos platelmintos, os nematelmintos possuem tubo digestório completo, com boca e ânus. Geralmente têm sexos separados, e as diferenças entre o macho e a fêmea podem ser bem nítidas, como no caso dos principais parasitas humanos. De modo geral o macho é menor do que a fêmea da mesma idade e sua extremidade posterior possui forma de gancho. Esses animais são envolvidos por uma fina e delicada película protetora, que é bem lisa e resistente.

Ciclo de Vida

As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.

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Mosca Chrysomya, varejeira

Progressão e sintomas

O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.

Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunitário, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).

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A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele.

Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue. Caso a espécie apresente periodicidade noturna, é necessário recolher sangue de noite, de outro modo não serão encontradas. A ecografia permite detectar as formas adultas. A serologia por ELISA também é útil.

São usados antiparasíticos como mebendazole. É importante tratar as infecções secundárias.

 

Prevenção

Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.

Ascaridíase: lombriga

 

É uma verminose causada por um parasita chamado Ascaris lumbricoides. É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. A contaminação acontece ocorre quando há ingestão dos ovos infectados do parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos contaminados por fezes humanas. O único reservatório é o homem. Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante vários anos.

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Ciclo da Ascaridíase

1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.

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2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.

3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.

4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.

5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.

6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.

7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.

8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.

9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.

 

Quais são os sintomas?

A maioria das infecções é assintomática. A larva se libera do ovo no intestino delgado, penetra a mucosa e por via venosa alcança o fígado e pulmão de onde alcançam a árvore brônquica. Junto com as secreções respiratórias são deglutidas e atingem o intestino onde crescem chegando ao tamanho adulto.

Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido. A ascaridíase pode causar dor de barriga, diarréia, náuseas, falta de apetite ou nenhum sintoma. Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.

 

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pelo exame de fezes, onde se encontram os ovos do parasita.

 

Como se trata?

Existem remédios específicos para erradicar a larva do organismo humano, todos por via oral.

 

Como se previne?

Através de medidas de saneamento básico:

É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.

Ancilostomíase: Amarelão

A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida popularmente como “amarelão”, “doença do jeca-tatu”, “mal-da-terra”, “anemia-dos-mineiros, “opilação”, etc.

As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.

A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas filarióides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem.

Ciclo de Vida

Os vermes adultos vivem no intestino delgado do homem. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do Ancylostoma duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do Necator americanus põe 9 mil). Encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade), tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão.

A larva assim originada denomina-se rabditóide. Abandona a casca do ovo, passando a ter vida livre no solo. Depois de uma semana, em média, transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada larva filarióide infestante.

Quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as larvas filarióides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, passam para os capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões.

Depois, perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos, migram pelos bronquíolos e chegam à faringe. Em seguida, descem pelo esôfago e alcançam o intestino delgado, onde se tornam adultas.

Outra contaminação é pela larva filarióide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual, se é ingerida oralmente, alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente.

 

Ciclo de vida detalhado

1- As larvas penetram ativamente através da pele, atingem a circulação e executam uma viagem semelhante àquela realizada pelas larvas da lombriga, migrando do coração para os alvéolos pulmonares.

2- Dos alvéolos, seguem para os brônquios, traquéia, laringe, faringe, esôfago, estômago e intestino delagado, local em que se transformam em adultos.

3- Após acasalamento no intestino, as fêmeas iniciam a posturas dos ovos, que, misturados as fezes, são eliminados para o solo. A diferença em relação à ascaridíase é que, neste caso, os ovos eclodem no solo e liberam uma larva.

4- Em solo úmidos e sombrios, as larvas permanecem vivas e se alimentam. Sofrem muda na cutícula durante esse período.

nema 7

Sintomas

No local da penetração das larvas filarióides, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). No decurso, pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões). Em seguida, surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca destes vermes. Estas hemorragias podem durar muito tempo, levando o indivíduo a uma anemia intensa, o que agrava mais o quadro.

Poderão ocorrer algumas complicações, tais como: caquexia (desnutrição profunda), amenorréia (ausência de menstruação), partos com feto morto e, em crianças, transtornos no crescimento.

 

Prevenção e Tratamento

As principais medidas de prevenção consistem na construção de instalações sanitárias adequadas, evitando assim que os ovos dos vermes contaminem o solo; uso de calçados, impedindo a penetração das larvas pelos pés. Além do tratamento dos portadores, é necessária uma ampla campanha de educação sanitária. Caso contrário, o homem correrá sempre o risco de adquirir novamente a verminose.

No tratamento dos doentes, o remédio clássico é o befênio; também são eficazes o pirantel, mebendazol e tiabendazol.

Exercícios sobre Platelmintos

Questões do livro, página 170

1) Não, pois as planárias são um exemplo de platelmintos de vida livre.

2)Significa que o tubo digestivo tem apenas uma abertura, a boca.

3)a) A = ocelos; B = intestino; C = faringe. b) A faringe muscular é usada para sugar o alimento para dentro do tubo digestivo

4) A capacidade de regeneração das planárias é o que possibilita a reprodução por fissão transversal.

13)a) Schistosoma mansoni. b) Os vermes adultos se instalam nos vasos sanguíneos e linfáticos da região abdominal, causando acúmulo de líquidos e inchaço nessa parte do corpo. c) O caramujo faz o papel de hospedeiro intermediário, sem o qual o verme não chegaria a infectar os seres humanos.

15) a) Tufo de flagelos do bulbo-flama. b) Ao se movimentar, os flagelos impulsionam o líquido contido no interior dos túbulos excretores para fora do animal.

Filo dos Platelmintos

Platelmintos

Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy: achatado; e helmin: verme). Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados. Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura – a boca-, por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro. Entre os muitos exemplos de platelmintos vamos estudar as planárias, as tênias e os esquistossomos.

As planárias

Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses platelmintos podem ser encontrados
em córregos, lagos e lugares úmidos. Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros exemplos.

planaria2

Na região anterior do corpo da planária localizam-se a cabeça e os órgãos dos sentidos: ocelos, estruturas capazes de detectar contrastes entre claro e escuro, mas que não formam imagens; órgãos auriculares, expansões laterais da cabeça capazes de perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o animal na localização do alimento.
planaria3

O corpo é achatado dorsiventralmente e possui a boca localizada na região ventral do
corpo. O intestino da planária é bastante ramificado e atua digerindo os alimentos e
distribuindo para as demais partes do corpo.
planaria4A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino
quanto masculino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas podem copular.
Após a troca de espermatozóides através dos poros genitais, os animais se separam e os ovos são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo, encerrado em cápsulas, desenvolve-se um embrião, que se transforma em uma jovem planária. As planárias tem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira. Observe o esquema abaixo.planaria5

Confira os outros integrantes do grupo dos platelmintos e as doenças causadas por
elas:

As Tênias

A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium, do porco e Taenia saginata, do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu intestino delgado.

As tênias também são chamadas de solitárias, porque, na maioria dos casos, o portador traz apenas um verme adulto.

São altamente competitivas pelo habitat e, sendo hermafroditas com
estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam de
parceiros para a cópula e postura deteniase2
ovos.
O homem portador da verminose apresenta a tênia no estado adulto de seu intestino, sendo, portanto, o hospedeiro definitivo. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e aptos à fecundação. Geralmente, os espermatozóides de um anel
fecundam os óvulos de outro segmento, no mesmo animal.

A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em cada proglote), sendo uma garantia para a
perpetuação e propagação da espécie. Os anéis grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes.

O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta
de fezes), ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio.
Dentro do intestino do animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de
seis ganchos, perfuram a mucosa intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os
músculos e o fígado do porco, transformando-se em larvas denominadas cisticercos,
que apresentam o escólex invaginado numa vesícula. Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através dos ganchos e ventosas. O homem com tais características desenvolve a teníase, isto é, está com o helminte no estado adulto, e é o seu hospedeiro definitivo. Os cisticercos apresentam-se semelhantes a pérolas esbranquiçadas, com diâmetros variáveis, normalmente do tamanho de uma ervilha.

CICLO DA TENÍASEteniase

1. Ao se alimentar de carnes cruas ou mal passadas, o homem pode ingerir
cisticercos (lasvas de tênia).
2. No intestino, a larva se liberta, fixa o escólex, cresce e origina a tênia adulta.
3. Proglotes maduras, contendo testículos e ovários, reproduzem-se entre si e
originam proglotes grávidas, cheias de ovos. Proglotes grávidas despremdem-
se unidas em grupos de 2 a 6 e são liberados durante ou após as evacuações.
4. No solo, rompem-se e liberam ovos. Cada ovo é esférico, mede cerca de 30
mm de diâmetro, possui 6 pequenos ganchos e é conhecido como oncosfera.
Espalha-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
5. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e cae no
sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema
nervoso e coração.
6. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada
cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de  canjica. Essa larva
contém escólex e um curto pescoço, tudo envolto por uma vesícula protetora.
7. Por autoinfestação, ovos passam para a corrente sangüínea e desenvolvem-se
em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doenças – a
cisticercose que pode ser fatal.

Sintomatologia

Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos,
tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias
freqüentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.

Profilaxia e Tratamento

A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.)
Em relação ao tratamento, este consiste na aplicação de dose única (2g) de niclosamida. Podem ser usadas outras drogas alternativas, como diclorofeno, mebendazol, etc.

O chá de sementes de abóbora é muito usado e indicado até hoje por muitos médicos, especialmente para crianças e gestantes.

O Esquistossomo

Infecção causada por verme parasita da classe Trematoda. Ocorre em diversas partes
do mundo de forma não controlada (endêmica). Nestes locais o número de pessoas
com esta parasitose se mantém mais ou menos constante. Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da infecção conforme a
região do mundo. No nosso país a esquistossomose é causada pelo Schistossoma
mansoni. O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza.esquistossoma2
Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele causando uma inflamação da mesma. Já no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte.

As fezes de pessoas infectadas contaminam os rios e lagos com os ovos do Schistossoma mansoni.

Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. É robusto e possui um esquistossoma11sulco ventral, o canal ginecóforo, que abriga a fêmea durante o
acasalamento. A fêmea é mais comprida e delgada que o macho.
Ambos possuem ventosas de fixação, localizadas na extremidade
anterior do corpo e que facilitam a adesão dos vermes às paredes dos vasos sanguíneos.

 

Como se adquire?

Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas
na água, estas se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva
adulta, que ao permanecer na água contaminam o homem. No sistema venoso
humano os parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de comprimento, se
reproduzem e eliminam ovos. O desenvolvimento do parasita no homem leva
aproximadamente 6 semanas (período de incubação), quando atinge a forma adulta e
reprodutora já no seu habitat final, o sistema venoso. A liberação de ovos pelo homem
pode permanecer por muitos anos.

esquistossoma3

 

O que se sente?

No momento da contaminação pode ocorrer uma reação do tipo alérgica na pele com
coceira e vermelhidão, desencadeada pela penetração do parasita. Esta reação ocorre
aproximadamente 24 horas após a contaminação. Após 4 a 8 semanas surge quadro
de febre, calafrios, dor-de- cabeça, dores abdominais, inapetência, náuseas, vômitos e
tosse seca.
O médico ao examinar o portador da parasitose nesta fase pode encontrar o fígado e
baço aumentados e ínguas pelo corpo (linfonodos aumentados ou
linfoadenomegalias).

Estes sinais e sintomas normalmente desaparecerem em poucas semanas.
Dependendo da quantidade de vermes a pessoa pode se tornar portadora do parasitaesquistossomose4
sem nenhum sintoma, ou ao longo dos meses apresentar os sintomas da forma crônica da doença: fadiga, dor abdominal em cólica com diarréia intermitente ou disenteria. Outros sintomas são decorrentes da obstrução das veias do baço e do fígado com consequente aumento destes órgãos e desvio do fluxo de sangue que podem causar desde desconforto ou dor no quadrante superior esquerdo do abdômen até vômitos com sangue por varizes que se formam no esôfago.
 

 

Como se faz o diagnóstico?

Para diagnosticar esquistossomose a informação de que o suspeito de estar infectado
esteve em área onde há muitos casos de doença (zona endêmica) é muito importante,
além dos sintomas e sinais descritos acima (quadro clínico). Exames de fezes e urina
com ovos do parasita ou mesmo de pequenas amostras de tecidos de alguns órgãos
(biópsias da mucosa do final do intestino) são definitivas. Mais recentemente se dispõe
de exames que detectam, no sangue, a presença de anticorpos contra o parasita que
são úteis naqueles casos de infecção leve ou sem sintomas.

esquistossomose5

 

Como se trata?

O tratamento de escolha com antiparasitários, substâncias químicas que são tóxicas ao parasita. Atualmente existem três grupos de substâncias que eliminam o parasita, mas a medicação de escolha é o Oxaminiquina ou Praziquantel ou, que se toma sob a forma de comprimidos na maior parte das vezes durante um dia. Isto é suficiente para eliminar o parasita, o que elimina também a disseminação dos ovos no meio ambiente. Naqueles casos de doença crônica as complicações requerem tratamento específico.

Como se previne?

Por se tratar de doença de acometimento mundial e endêmica em diversos locais
(Penísula Arábica, África, América do Sul e Caribe) os órgãos de saúde pública (OMS

– Organização Mundial de Saúde – e Ministério da Saúde) possuem programas
próprios para controlar a doença. Basicamente as estratégias para controle da doença
baseiam-se em:
 Identificação e tratamento de portadores.
 Saneamento básico (esgoto e tratamento das águas) além de combate do
molusco hospedeiro intermediário
 Educação em saúde.
Não evacue próximo a lagoas, rios ou represas.

Utilize um banheiro com rede de esgoto

A saúde começa na sala de aula

 

CICLO DA ESQUISTOSSOMOSE

esquistossoma10
1. Os vermes adultos vivem no interior das veias do interior do fígado. Durante o
acasalamento, encaminham-se para as veias da parede intestinal executando,
portanto, o caminho inverso ao do fluxo sanguíneo.
2. Lá chegando, separam-se e a fêmea inicia a postura de ovos (mais de 1.000
por dia) em veias de pequeno calibre que ficam próximas a parede do intestino
grosso. Os ovos ficam enfileirados e cada um possui um pequeno espinho
lateral. Cada um deles produz enzimas que perfuram a parede intestinal e um a
um vão sendo liberados na luz do intestino.
3. Misturados com as fezes, alcançam o meio externo. Caindo em meio
apropriado, como lagoas, açudes e represas de água parada, cada ovo se
rompe e libera uma larva ciliada, o miracídio, que permanece vivo por apenas
algumas horas.
4. Para continuar o seu ciclo vital, cada miracídio precisa penetrar em um
caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do caramujo, perde os cílios e passa
por um ciclo de reprodução assexuada que gera, depois de 30 dias, numerosas
larvas de cauda bifurcada, as cercárias.
Cada cercária permanece viva de 1 a 3 dias. Nesse período, precisa penetrar através
da pele de alguém, por meio de movimentos ativos e utilizando enzimas digestivas que
abrem caminho entre as células da pele humana. No local de ingresso, é comum
haver coceira. Atingindo o sangue, são encaminhadas ao seu local de vida.